O MP (Ministério Público) de Americana é contra a reabertura de estabelecimentos comerciais que não sejam considerados essenciais, defendendo o cumprimento das determinações do governador João Doria (PSDB), que decretou a quarentena para o enfrentamento do coronavírus.
Diante da organização de carreatas na manhã de sábado, quando manifestantes desfilaram pela cidade e tentaram chamar a atenção do público para a retomada do comércio, o promotor de Justiça da área de Saúde Pública, Clóvis Cardoso de Siqueira, defende que seja mantida a postura do promotor-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smânio, favorável à preservação da saúde pública, em detrimento de interesses setoriais e econômicos.
De acordo com o promotor, o MP pode, no caso de uma nova carreata organizada, solicitar uma fiscalização rigorosa com a ajuda de agentes públicos, para que os organizadores sejam identificados e punidos.
VAI TER MAIS
As carreatas de sábado foram articuladas por meio de redes socais, que marcaram a concentração dos manifestantes para as regiões do Unisal (Americana) e da Havan (Santa Bárbara d’Oeste).
O autônomo Antônio Jarbas de Souza, que se apresentou à reportagem como uma das lideranças do grupo, afirmou ontem que os eventos cumpriram, sim, o objetivo de chamar a atenção do público para a causa, e que outros serão marcados.
Sobre a postura de promotores que se manifestaram contra o movimento, ele afirma que os empreendedores estão dispostos a brigar na Justiça e recorrer contra decisões que, segundo ele, são arbitrárias.