sexta-feira, 22 novembro 2024

Dia das Mães: vendas caem 47,5%

As vendas do Dia das Mães caíram 47,5% nas 20 cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) em comparação com as do ano passado, por conta das lojas fechadas pela pandemia. É uma temporada que os lojistas, definitivamente, querem esquecer. Com o isolamento social decretado pelo governo estadual, o comércio dependeu das vendas pela internet. 

O levantamento foi feito pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), com base em dados de serviços de proteção ao crédito. A movimentação financeira deste ano foi de R$ 212,8 milhões, conta R$ 405,3 milhões em 2019. 

Outro número revela o tamanho da crise. O Dia das Mães – que só perde em vendas para o Natal – gerou no ano passado 6.765 vagas temporárias de emprego nas 20 cidades. Em 2020, nenhuma vaga foi aberta. 

De acordo com Laerte Martins, economista e diretor da Acic, o poder de compra em queda ainda reduziu o valor do tíquete médio de compras (de R$ 240,00 para R$  230,00). Ou seja, mesmo quem presenteou teve de gastar menos. 

SEM VOLTA 

Na opinião dele, a pandemia comprovou que os lojistas, a partir de agora, vão considerar a eficiência e a praticidade das vendas on-line. O comércio eletrônico, que garantiu o  aturamento das grandes redes,  tende a ser adotado por todos os empreendedores, já que não se pode pensar em abrir mão das vendas na data. “O Dia das Mães subsiste, suplantando a pandemia”, disse. 

E as associações que representam o setor em cada cidade da região já se mobilizam para fazer do comércio eletrônico uma realidade efetiva, acessível ao maior número possível de empresários. 

Com o objetivo de ajudar os empreendedores a identificar novas oportunidades, a Acic firmou uma parceria com o Sebrae. São oferecidas consultorias gratuitas e personalizadas sobre finanças, vendas, marketing e outros temas.  Forma de estimular os negócios de pequenos e médios empreendedores. 

PLATAFORMAS 

Em Santa Bárbara d’Oeste, a Acisb (Associação Comercial e Industrial) disponibilizou canais eletrônicos para que os lojistas pudessem anunciar gratuitamente serviços de vendas e entregas on-line.  As plataformas incentivaram o delivery e o drive thru para o Dia das Mães. Foi criado até um movimento chamado Pede Pelo Zap. Consumidores, comerciantes e prestadores de serviço podem se cadastrar sem custo algum para comprar, vender ou entregar. 

JEITINHO | Loja de cosméticos em Santa Bárbara atende consumidores na porta

As associações comerciais e industriais de Hortolândia e Sumaré informaram à reportagem do TODODIA que também desenvolvem plataformas para o anúncio gratuito de serviços prestados pelos empreendedores locais. As duas diretorias admitem que a “resistência cultural” ao comércio eletrônico não entusiasmou os lojistas no lançamento das campanhas, mas que os impactos inesperados da pandemia comprovaram que o segmento precisa se modernizar. 

SBO ORIENTA COMERCIANTES A FECHAREM LOJAS 

O serviço de fiscalização da Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste orientou nesta sexta-feira o fechamento de estabelecimentos comerciais da Rua Dona Margarida que mantinham as portas abertas. Por determinação de decreto do governo paulista, só pode haver circulação pública em estabelecimentos que prestam serviços essenciais. 

Nesta sexta, os fiscais encontraram diversas lojas de roupas de portas abertas na região central da cidade. Os comerciantes não queriam desperdiçar vendas nas vésperas do Dia das Mães. 

AÇÃO | Fiscal da prefeitura em loja de Santa Bárbara

As ações de orientação envolvem servidores do Setor de Fiscalização de Obras e Posturas, Vigilância Sanitária e Guarda Municipal. Cerca de 500 estabelecimentos já foram visitados desde o começo da quarentena. Patrões e empregados foram orientados sobre a importância do uso de máscaras e o distanciamento. O serviço não tem, a princípio, o objetivo de multar, pelo que a Administração municipal informou à reportagem.  

ACIA SUGERE COMPRA PÓS  

A direção da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) posta nas redes sociais sugestões para que o cidadão compre o presente da mãe depois da quarentena. Para o presidente Wagner Aparecido  Armbruster, o acesso ao comércio eletrônico ainda está longe da realidade da população. 

E o mais importante a seu ver, no momento, são as precauções contra a pandemia. À Acia, disse, cabe preparar os associados para a reabertura do comércio. 

Para o presidente, é lamentável não termos hoje o consumo costumeiro pela ocasião, mas ele afirma ser solidário a todas as ações que enaltecem a vida. 

Armbruster diz que aguarda as determinações governamentais no enfrentamento da pandemia, e que espera a retomada das atividades comerciais, que garante empregos e a saúde econômica das famílias.  

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