Quatro imóveis ocupados por secretarias municipais, em diferentes endereços, foram alvos de invasão e vandalismo entre a noite da última segunda-feira e a madrugada de ontem, em Vinhedo. Nada foi roubado.
O crime só foi percebido pela manhã, quando os servidores chegaram para trabalhar e encontraram tudo revirado nas repartições públicas.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, os prédios invadidos são ocupados pelas secretarias da Indústria, Comércio e Agricultura, pela pasta de Habitação, Secretaria de Saúde, além do Teatro Municipal “Sylvia de Alencar Matheus”. Apenas a Secretaria de Saúde fica em outro endereço, na Av. João Paffaro, no bairro Pinheirinho. As demais estão localizadas na rua Monteiro de Barros, no Centro.
Os locais não têm câmeras de vigilância, e, por isso, a ação só foi percebida de manhã.
“Fomos acionados quando o pessoal começou a chegar para trabalhar. Encontramos as portas arrombadas, janelas arrombadas e tudo revirado. Aparentemente não entraram para levar pertences, porque tinha notebook, computadores, câmeras fotográficas e não levaram nada. Foi uma situação bem atípica”, informou o comandante Araújo, da Guarda Municipal.
A prefeitura confirmou que as mesas foram reviradas e os arquivos remexidos, mas nada foi levado.
Em entrevista à rádio “CBN Campinas” ontem, o prefeito de Vinhedo, Jaime Cruz (PSDB), disse estranhar o episódio. “O que aconteceu nessa madrugada em Vinhedo foi muito estranho”, afirmou, levantando a hipótese de as invasões aos prédios públicos terem sido cometidas por alguém em busca de algum documento – já que nada foi levado nos locais invadidos. Além disso, o prefeito confirmou que duas balas de revólver , intactas, foram encontradas em um dos prédios invadidos, mas que ninguém sabe o motivo. “Não sabemos se pode ser algum tipo de ameaça, algum recado. Vamos investigar”, disse Jaime Cruz.
Segundo o comandante Araújo, da Guarda Municipal, ainda não há como saber se o vandalismo foi cometido por apenas uma pessoa, ou mais de uma. Além disso, como aconteceu em locais distintos, ainda não há conclusão se existe alguma ligação entre as invasões. Foi registrado boletim de ocorrência e a Polícia Civil vai investigar.
Em função da necessidade da realização de perícia, apenas a secretaria de Cultura e Turismo não teve os serviços administrativos paralisados. Nas demais secretarias, os servidores precisaram aguardar a perícia para voltar ao trabalho.
“Os locais não possuem câmeras internas, mas as câmeras de monitoramento da cidade poderão ajudar nas investigações”, explicou a Administração.