Representante de um dos setores mais prejudicados pela regressão da região à fase laranja nos dias úteis e vermelha aos finais de semana, a Abrasel RMC (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas) emitiu nota após a reclassificação na qual diz que “erros do estado não freiam a pandemia e matam as empresas e empregos”.
A entidade aponta que os movimento e faturamento nos restaurantes e bares às sextas, sábados e domingos representam 60% para quem funciona diariamente com almoço e jantar e até 100% para quem abre apenas aos finais de semana. Por outro lado, a venda por delivery corresponde a apenas 20% do faturamento, percentual insuficiente para pagar despesas, salários, impostos e aluguel. O fechamento aos finais de semana, na análise da associação, resultará no fechamento de centenas de estabelecimentos.
Em nota, a entidade escreve que “medidas como proibição de atendimento presencial pelo comércio por 140 dias em 2020 e de vendas nos finais de semana no final do ano passado não funcionraam para conter o avanço da Covid-19, e ainda incentivaram as festas clandestinas, que não têm os protocolos de segurança utilizados pelo setor”.
Para o presidente da Abrasel RMC, Matheus Mason, o fechamento agora não surtirá efeito. “Toda vez que o governador suprime os direitos das pessoas de convívio social ele perde o controle da pandemia. Nos meses subsequentes em que os bares e restaurantes abriram após 140 dias fechados, houve redução dos casos, justamente pelas regras rígidas de segurança adotadas pelo setor. Nos meses que houve mais restrições, os casos dispararam”, disse.
Reforço dos protocolos
A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) e a Acias (Associação Comercial e Industrial de Sumaré) recomendaram que os associados sigam os protocolos do estado e intensifiquem os cuidados.
“Estamos orientando nossos associados a seguirem as orientações do governo e educarem os clientes a seguir os protocolos de saúde. E estamos abertos a caminhar com as orientações do poder público estadual e municipal”, disse o presidente da Acia, Wagner Armbruster.
Em nota, o presidente da Acias Juarez Pereira da Silva, lamentou o retrocesso no Plano São Paulo, mas afirmou que o retorno à fase mais restritiva já era uma possibilidade esperada por conta do avanço da doença.
“Mais do que nunca, precisamos seguir as orientações sanitárias para frear a circulação do vírus. A Acias seguirá orientando e reforçando os cuidados que precisam ser adotados nos estabelecimentos”, afirmou.
Também segundo nota da entidade, nessa semana, o presidente participou de reunião com o Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus e, na ocasião, destacou que a maioria dos comerciantes está fazendo o dever de casa, como vem sendo lembrado pelo governo paulista nas coletivas.
“Mas é importante não afrouxar os cuidados porque a pandemia ainda não passou”, trouxe a nota.