O número de novas internações registradas por dia e o número de novos óbitos diários por Covid-19 na região de Campinas têm sido, nos últimos 70 dias, superior às taxas registradas no pico da primeira onda da pandemia. As estatísticas da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) revelam o quanto mais forte foi a segunda onda e a dificuldade em fazer esses índices baixarem mesmo ao longo de mais de 2 meses.
Em julho de 2020, quando a região e todo o país viveram o pico da primeira onda da pandemia, o DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, que incluir 42 cidades, entre elas Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, chegou a registrar média de 174 novas internações pela doença (enfermaria e UTI) por dia e 36 novos óbitos diários.
Após esse pico, os índices da pandemia começaram a cair em agosto e setembro, chegando no “melhor momento” em novembro, quando a taxa de novos óbitos por dia ficou na casa de 3, e as novas internações diárias eram 46. De janeiro em diante, a pandemia ganhou força e teve em março e abril o pior momento.
Desta vez, porém, os picos registrados foram muito superiores aos da primeira onda. Em 9 de março, a região de Campinas chegou novamente aos índices que foram os piores da primeira onda – média de 36 novos óbitos diários e de 174 novas internações por dia. Desde então, até esta terça (18), 70 dias depois, os índices ainda não retornaram àquele patamar.
Ao contrário, os índices atingiram picos ainda mais graves, chegando à média de 317 novas internações por dia e 100 óbitos diários, nos primeiros dias de abril. Desde então os índices passaram a cair, mas estabilizaram, a partir do dia 26 de abril, em patamar mais grave que a primeira onda da pandemia, no qual permanecia até ontem.