A recém-nascida Lorena Ferreira da Silva, com oito dias de vida, foi salva por um trabalho conjunto que envolveu um médico e uma enfermeira da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque Gramado, policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Moto) e equipe do Hospital Municipal Doutor Waldemar Tebaldi, em Americana.
A bebê engasgou com leite e não conseguia respirar.
A mãe Josiani Ferreira dos Santos disse que a filha engasgou logo que terminou de amamentar, no começo da noite.
“Terminei de amamentar, coloquei ela para arrotar, esperei um pouco. Em seguida, fui trocar ela, mas ela virou do lado e vomitou. Eu levantei ela, chamei minha irmã e corremos pro postinho do Parque Gramado”, explicou.
Logo que a mãe chegou na unidade de saúde, o médico que prestava atendimento deu início à manobra para desobstruir as vias áreas superiores. Quando chegou, a bebê estava com parada cardiorrespiratória em decorrência da bronco aspiração e cianótica (roxa). O médico, imediatamente, deu início aos procedimentos para desobstruir as vias aéreas. “Mas ela não voltou (reagiu) satisfatoriamente. Não respirou profundamente e não chorou”, disse o médico Félix Alvarez Urdialez.
Por esse motivo, ele optou por levar, em seu próprio veículo, a criança para o HM. Uma enfermeira, a mãe e uma vizinha foram junto. “Mas como Deus é grande, Deus sempre é grande, encontramos três policiais (na Avenida da Amizade). Eu parei e expliquei a urgência”, contou o médico.
Os policiais que o auxiliaram inicialmente são da Rocam (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motos) da Polícia Militar.
Naquele momento, a lentidão no trânsito e a distância dificultariam o atendimento.
Os policiais, então, informaram a ocorrência na rede de rádio e outras equipes da PM ajudaram no fechamento dos cruzamentos das ruas no trajeto ao hospital. Os médicos do HM também foram informados da ocorrência, antecipadamente, para a necessidade de deixar a sala de emergência disponível para a chegada a criança.
“Quando chegamos ao hospital, já eram nove policiais nos escoltando”, disse o médico.
No HM, a bebê foi prontamente atendida. Com mais recursos, a equipe médica conseguiu desafogar a criança, que permaneceu em observação, até ser liberada posteriormente. “Eles ajudaram muito. Não tenho o que falar do atendimento, foi excelente”, afirmou a mãe.
“A prontidão deles… não tenho palavras para agradecer, foi muito rápido”, disse o pai, Paulo Henrique Gonçalves da Silva.
“Hoje ela (Lorena) foi lá. Ela estava bem e não aparentava nenhuma sequela”, disse o médico.