Em Assembleia Geral, acionistas aprovaram o balanço anual e a remuneração de R$ 50 mil para os diretores
Em assembleia geral, realizada de maneira virtual na manhã do dia 28 de abril, os acionistas da empresa também fixaram a remuneração dos diretores da companhia em R$ 50 mil para o exercício de 2021.
De acordo com a ata publicada, a empresa, que tem sede na Vila Menuzzo, acumulou um prejuízo de R$ 497.192,53 no ano fiscal que terminou em 31 de dezembro de 2020, o qual permanecerá na conta Prejuízos Acumulados, remanescendo um saldo nesta conta no montante de R$ 66.841.000,85 de acordo com o disposto no balanço.
A assembleia também aprovou a alteração do artigo 7º do Estatuto Social da Companhia, com o objetivo de reduzir a quantidade de membros da diretoria.
A BRK tem sido criticada há anos por representantes do poder público da cidade por conta de acusações de falhas no sistema de abastecimento de água e de tratamento de esgoto no município de Sumaré, entre outros problemas.
Em 2017, uma da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi criada na Câmara Municipal para apurar a concessão dos serviços de saneamento na cidade, mas a empresa pediu na Justiça a nulidade dos trabalhos da comissão. A ação da BRK, no entanto, foi encerrada pelo Judiciário em agosto do ano passado.
Na época, o Legislativo de Sumaré afirmou que “a Câmara Municipal, poderá, enfim, realizar a leitura do relatório final dos trabalhos, que apontam indícios de fraude à licitação do contrato firmado em 2015”.
A reportagem entrou em contato para a empresa em busca de um posicionamento sobre os resultados financeiros apresentados na assembleia geral. A BRK, em nota, afirmou que a publicação apresenta “inconsistência de informações e terá seu conteúdo retificado”. “Pela necessidade de atualização da publicação, a concessionária pede desculpas aos leitores”, diz o comunicado. No Diário Oficial, no entanto, nenhuma retificação foi publicada pela empresa.