quinta-feira, 28 novembro 2024

Nathan Torquato é o 1º campeão do parataekwondo

Lutador brasileiro nem precisou disputar a final 

Nathan Torquato é o primeiro brasileiro a vencer no parataekwondo – Rogério Capela/CPB

Nathan Torquato é o primeiro brasileiro campeão da versão paralímpica do taekwondo, o parataekdonwo, na categoria até 61 quilos. Ele conquistou a quarta medalha de ouro do Brasil nesta quinta-feira (2).

Torquato nem precisou lutar a final, porque o egípcio Mohamed Elzayat, seu rival na decisão, saiu de maca da semifinal e não teve aval médico para disputar o ouro. Já sabendo dessa situação, Nathan já comemorava o ouro duas horas antes do horário marcado para o duelo.

Pelo Instagram da Confederação Brasileira de Taekwondo, um membro da comissão técnica explicou em vídeo que, pelas regras da modalidade, um atleta que levou um chute no rosto não volta, por segurança, para a próxima luta.

O taekwondo faz a sua estreia no programa dos Jogos Paralímpicos e, assim como a esgrima em cadeira de rodas e o halterofilismo, não tem geração de imagens pela IOS, a empresa “olímpica” responsável pela transmissão tanto das Olimpíadas quanto das Paralimpíadas.

Depois que Nathan se classificou à semifinal ao vencer o italiano Antonino Bossolo, ele ficou esperando a classificação do russo Daniil Sodorov para ser seu adversário. Sorodov atropelava o egípcio Elzayat, vencendo por 24 a 8, quando acertou um chute no rosto do rival.

O golpe é proibido no taekwondo paralímpico e o russo foi eliminado, com o rival africano se classificando para a final, sem, contudo, poder lutar.

Com o ouro de Nathan, o Brasil chegou à sua 19ª medalha de ouro na Paralimpíada de Tóquio. Como hoje é o primeiro dia de disputas na estreia do parataekwondo no programa dos Jogos Paralímpicos, essa também é a primeira medalha do Brasil nesse esporte.

A modalidade é disputada por atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores. No caso de Nathan, ele nasceu com uma má-formação no braço esquerdo, em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

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