Tradicional salão volta a ter mostra presencial em Piracicaba
O público já pode matar a saudade de uma das exposições de humor gráfico mais importantes do mundo, presencialmente. O 48° Salão Internacional de Humor de Piracicaba, está aberto após um ano suspendo por causa da pandemia.
O Salão deste ano reúne 308 trabalhos selecionados, entre 2.076 enviados por 349 artistas de 49 países, como Argentina, Brasil, China, Cuba, Estados Unidos, Espanha, Índia, Inglaterra, Itália, México, Peru, Palestina, Romênia, Rússia, Sérvia, Tailândia, entre outros.
Os cartuns, caricaturas, charges, tiras e esculturas refletem o drama dos refugiados, autoridades políticas, vacina, pandemia, celebridades, tecnologia, redes sociais e outros assuntos que permitem a reflexão em torno de panoramas universais.
As obras que compõem a mostra principal foram analisadas pelos júris de seleção e premiação formados por profissionais da área do humor e artes gráficas. “Já participei de várias edições do Salão, mas este ano tive a honra de, junto com meus colegas, ser jurado e ajudar a filtrar e selecionar os trabalhos que melhor representam esta edição. Tarefa difícil, pois muitos apresentaram mensagens rápidas e inteligentes”, comenta Orlandelli, um dos jurados de premiação.
A mostra pode ser vista de quinta a domingo no Armazém 14, no Parque do Engenho Central, das 10h às 17h, até o dia 3/10. Aqueles que desejarem podem fazer um tour 360º virtual pelo site do Salão de Humor Piracicaba, onde também pode ser conferida a programação completa.
A exposição presencial segue a flexibilização das restrições para o combate à pandemia do coronavírus e atenderá a todos os protocolos sanitários como o controle de acesso, uso de álcool em gel, máscara e faixas com orientação para o distanciamento social.
Salãozinho dos novatos
Também no Armazém 14 estará exposto o 19° Salãozinho de Humor, que reúne desenhos e esculturas feitos por crianças e adolescentes, entre 7 e 14 anos de idade, estudantes da rede pública e privada. Ao todo, foram inscritos 980 trabalhos. Destes, 100 foram selecionados para a exposição, sendo 50 deles da categoria de 07 a 10 anos e os outros 50, de estudantes entre 11 e 14 anos.
Participaram desta edição estudantes das cidades de Piracicaba, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Rio Claro, Monte Alto e Rio Grande (RS).
Os premiados
O Grande Prêmio Zélio de Ouro foi para o cartunista turco Oguz Gurel, que também conquistou o Prêmio Cartum, com a obra Ovelha Negra. A charge vencedora foi para o brasileiro Dinho Lascoski, que retratou o presidente Jair Bolsonaro. O melhor da caricatura foi para Claudia Kfouri, que homenageou o cantor Belchior.Bruno Aziz conquistou o Prêmio Tiras. O prêmio temático Jogos Olímpicos foi para o iraniano Ali Miraee. Já o brasileiro José Antônio Costa – Jota A, conquistou o Prêmio Saúde, retratando os efeitos da pandemia. Carlos Duarte ganhou o prêmio Câmara com a caricatura da atriz Ruth de Souza.