segunda-feira, 25 novembro 2024

‘Goosebumps 2’ tem monstros mais leves

“Goosebumps 2: Halloween Assombrado” pode divertir crianças pequenas e adolescentes pouco exigentes. Mas comete um erro grave na continuação de um filme de sucesso: é muito parecido com o primeiro.

 

“Goosebumps: Monstros e Arrepios” veio em 2015 e mostrou uma boa ideia para adaptar ao cinema o universo dos livros de Robert Lawrence Stine, 75, ator que escreve terror infantojuvenil.

 

Naquele longa, Jack Black faz o papel de Stine, que usaria os livros que escreve para aprisionar monstros e manter as pessoas a salvo deles. Numa trama envolvendo o namorado da filha adolescente do escritor, as criaturas são libertadas das páginas e apavoram a cidade.

 

Neste novo filme, com reduzida participação de Jack Black, a trama é basicamente igual. Agora são dois adolescentes nerds que, sem querer, abrem um livro de Stine escondido numa casa abandonada e libertam Slappy, um boneco de ventríloquo com poderes que parecem ilimitados.

 

Depois de um início de convivência amigável, quando Slappy ajuda a dupla de garotos a se vingar dos valentões da escola, o boneco vai se revelar uma grande ameaça. Às vésperas do Dia das Bruxas, ele dá vida a todos os monstrengos de decoração espalhados pela cidade.

 

Entre tantas criaturas bizarras em seu encalço, os meninos e a irmã mais velha de um deles vão lutar para devolver Slappy ao livro que o aprisionava.

 

Pois “Goosebumps 2” é isso. Uma aventura movimentada, com alguns momentos de humor, mas simplesmente não é capaz de arrebatar a plateia. Nada brilha na tela.

 

Os efeitos visuais não são exatamente atraentes, o elenco de jovens atores mostra interpretações certinhas, nada mais do que isso, e as soluções do roteiro são de muita simplicidade.

 

Talvez o filme pudesse imprimir um pouco mais de terror à narrativa. Exceto Slappy, que pode causar alguns arrepios com sua risada debochada na impassível cara de boneco de madeira, os outros monstros são tão fofinhos que não amedrontam ninguém.

 

Não faz muito sentido fugir de uma aranha gigantesca que tem o corpo feito de balões de gás ou lutar contra balas gelatinosas de formato de ursinhos. Há muita doçura e pouca travessura.

 

Assim, o segundo filme baseado na obra de Stine desperdiça o universo desse autor que já vendeu mais de 400 milhões de livros no mundo. Certamente suas milhares de páginas escritas têm potencial para muito mais do que um filme mediano como “Goosebumps 2”.
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