A forte chuva em Belo Horizonte não foi suficiente para impedir a festa do Cruzeiro pelo hexacampeonato da Copa do Brasil. Ontem, os jogadores tiraram o dia para participar do desfile em carro aberto na capital mineira.
A festa começou ainda no aeroporto de Confins e percorreu outras ruas da cidade, sempre acompanhada de milhares de torcedores. Não faltaram homenagens aos campeões, cantos famosos e provocações ao rival Atlético-MG.
O Cruzeiro desembarcou em Belo Horizonte por volta das 13h30. No primeiro contato com os torcedores, Leo carregou o troféu da Copa do Brasil e mostrou a mais nova conquista do clube. Em seguida, a delegação se dirigiu ao Batalhão do Corpo de Bombeiros para iniciar o desfile em carro aberto.
Apesar da forte chuva, torcedores se aglomeravam à espera do time na sede administrativa do clube, no Barro Preto, e na Praça Sete, tradicional ponto de comemoração em BH.
Perto dali, fica a prefeitura municipal, e o prefeito Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, não escapou das provocações. “Ei, você aí, avisa pro Kalil que o Galo não tem bi”, gritavam os cruzeirenses.
Mais cedo, Alexandre Kalil usou o Twitter para comentar sobre o mais recente título celeste. Porém, o ex-mandatário alvinegro não parabenizou o Cruzeiro pelo hexa, mas brincou ao escrever que iria mandar prender os torcedores que buzinassem em frente à sede da prefeitura.
No trio elétrico que levava os jogadores, Thiago Neves, Dedé e Edilson animavam os torcedores que acompanhavam o desfile. Nas ruas, ambulantes aproveitavam a festa para vender faixas, camisas e adereços do novo e único hexacampeão da Copa do Brasil.
Após longas horas parado, o carro trazendo os campeões alcançou a Praça Sete por volta das 18h. O trio permaneceu no local para comemorar com os torcedores presentes antes de seguir caminho para a sede administrativa, última parada da festa.
DEDÉ SUPERA DÚVIDA PESSOAL PARA BRILHAR
Dedé ressurgiu no Cruzeiro em 2018. Depois de três graves lesões em pouco mais de três anos, o zagueiro volta como alicerce defensivo da equipe.
Soberano nas bolas aéreas e muito forte no desarme, o Mito -como é conhecido- já pensou que não teria condições de recuperar a boa forma para o futebol.
Após disputar apenas 12 partidas em três temporadas seguidas, o defensor voltou à equipe sob a batuta de Mano e se firmou como titular.
Na decisão, atingiu a marca de 38 partidas no ano, mais que o triplo do que fez entre 2015 e 2017.
“Enquanto estava lesionado, fiquei com o pensamento: “Será que volto 100%? Será voltarei do jeito que era antes?”. Mas com trabalho e cuidado, estou conseguindo fazer um bom ano”, afirmou ao “Fox Sports”.