segunda-feira, 25 novembro 2024

Polícia prende suspeito de matar e esquartejar corpo de Matheusa

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta terça-feira (28) um dos suspeitos de matar, esquartejar e carbonizar o corpo da estudante da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) Matheus Passareli Simões Vieira, 21, conhecida como Matheusa. O assassinato ocorreu em abril do ano passado no Morro do Dezoito, em Água Santa, na zona norte carioca.

Manuel Avelino de Sousa Junior, conhecido como “Peida Voa”, foi preso em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal da Capital pelo crime de homicídio e ocultação de cadáver. De acordo com a Polícia Civil, ele confessou o crime após ser levado para a delegacia.

Além dele, outras 50 pessoas foram detidas na Operação Cronos 2, que tem como objetivo cumprir mandados contra suspeitos de homicídios e feminicídios em 22 estados e no Distrito Federal. Manuel Avelino também é conhecido na comunidade como “Cão Açougueiro” devido ao seu modo cruel de agir com as vítimas. Em janeiro, a Polícia Civil concluiu que a estudante trans havia sido morta por traficantes no Morro do Dezoito após tentar tirar o fuzil de um deles enquanto era julgada por um “tribunal do crime”.

“No inquérito, concluiu-se que Matheusa se desentendeu com os traficantes locais e tentou pegar a arma de um deles, sendo alvejada e seu corpo ocultado dentro da comunidade”, afirmou a Polícia Civil em trecho do inquérito. A estudante chegou na favela no dia 29 de abril, em surto, após deixar uma festa no bairro do Encantado, a quase 2 km da comunidade. Segundo a polícia, ela falava frases desconexas e estava sem roupa quando foi abordada por criminosos e levada para o alto da favela. Matheusa não soube explicar a eles o que fazia no local.

Dois traficantes suspeitos de ordenar que o corpo fosse incinerado chegaram a ter a prisão decretada pela Justiça: Genilson Pereira, conhecido como “GG”, e Messias Texeira, chefe do tráfico do Morro do Dezoito. Eles foram acusados de homicídio doloso e ocultação de cadáver. GG morreu em março durante confronto com a Polícia Militar em Água Santa. De acordo com a polícia, Matheusa foi baleada, esquartejada e incinerada. Seu corpo não foi encontrado.

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