quinta-feira, 21 novembro 2024

Maria Giovana quer fiscalizar aplicação da verba da Saúde

Candidata a deputada federal pelo PDT, Maria Giovana Fortunato quer avançar contra as filas da rede pública 

SUA VOZ | Maria Giovana Fortunato explicou suas propostas enquanto candidata (Foto: Divulgação)

O programa “Sua Voz, Sua Vez, Seu Voto”, da Rede TODODIA, entrevistou a candidata a deputada federal pelo PDT, Maria Giovana Fortunato. Defensora do SUS, Maria Giovana pretende fiscalizar os investimentos na saúde e acompanhar se a aplicação dos recursos se reverterão em atendimento para diminuir as filas da rede pública.

TODODIA: Giovana, quais são as suas principais propostas para saúde pública com foco em nossa região? 

MARIA GIOVANA: Esse é o nosso principal projeto: a saúde. É importante que a gente saiba que lá no Congresso Nacional a gente precisa ter uma luta importante pela revogação do teto dos gastos que está sufocando os investimentos em saúde. Nós somos um dos países que menos investem per capita na saúde pública no mundo, então, essa conta realmente não fecha. Uma outra bandeira importante que eu trago é que apesar da gente investir, o investimento é pouco e não é suficiente para fazer tudo o que a gente precisa, o que vem ainda existe muita corrupção. A gestão da saúde precisa melhorar. Como é que nós parlamentares eleitos ajudamos na gestão da saúde, que algo que é feito pelos prefeitos, governadores e pelo presidente? A fiscalização é uma das grandes bandeiras. É que a gente possa fiscalizar o que vem de investimento para a saúde. Como está sendo aplicado e se realmente o investimento está se tornando em cirurgias, procedimentos, atendimento para as pessoas, também as emendas parlamentares que vierem para nossa região. Tomara que a gente esteja lá também para destinar emendas e ajudar a diminuir as filas do SUS. Essa é a minha grande bandeira neste momento: diminuir as filas do SUS do pós-pandemia. Essas filas estão matando. Então, fiscalizando e trazendo esses mutirões. Em primeiro lugar, pelo financiamento adequado do SUS. Em segundo lugar, fiscalizar como o dinheiro que já existe está sendo gasto, em especial na nossa região. São trabalhos minuciosos. Eu já fiz aqui em Americana e deu muito resultado, quando desmantelamos uma quadrilha que estava atuando no nosso Hospital Municipal. O SUS sempre teve fila, mas as filas do pós- -pandemia estão matando as pessoas e isso não é exagero! Antigamente, eu via um caso ou outro alguém que foi chamado para uma cirurgia, hoje isso é corriqueiro. Eu já tenho essas demandas, atendo cada vez mais familiares que contam que o ente querido que já não está mais entre nós e está sendo chamado agora para fazer uma cirurgia ou um procedimento. Agora é mais importante do que nunca: todo mundo tem que estar mobilizado em volta dessa pauta dos mutirões da saúde que o Governo do Estado de São Paulo prometeu e não está cumprindo na velocidade que teria que cumprir. A gente acompanha esse desastre que custa caríssimo e muitas vezes custam as vidas das pessoas. Essas são as três principais áreas de atuação do nosso mandato e da nossa proposta de mandato para nossa região.

Você fez um pedido via Lei de Acesso à Informação justamente com relação ao atraso das cirurgias eletivas. Explica um pouco para gente. 

Esse trabalho já é um desdobramento da nossa pré-campanha, onde nós caminhamos ouvindo as pessoas que precisam do SUS, estão na fila, nós ouvimos as maiores lideranças de cada cidade que são os prefeitos eleitos para entender através do que eles precisam de ajuda para a cidade. Quando a gente conversa com as pessoas que estão na fila do SUS, o que me chamou muita atenção foi que elas não sabem em que lugar da fila estão. Se a fila está andando ou não. Fizemos um levantamento e vimos que já temos Leis Municipais, por exemplo, em Americana, em Santa Bárbara d’Oeste, que garantem a transparência das filas do SUS. Por isso, a gente também através da Lei de Transparência, a gente consegue pedir acesso e eu pedi porque muitas vezes elas ficam esquecidas e ninguém pede, ninguém sabe, ninguém viu. Então, levantar a bandeira da transparência nas filas do SUS foi já um desdobramento desse trabalho Inicial que a gente fez e eu estou muito feliz (…) porque Santa Bárbara d’ Oeste que até ontem não tinha o Portal de Transparência passou a ter. Eu recebi a resposta da Prefeitura ao meu requerimento, com o link atualizado do Portal de Transparência. Vejam o que já está acontecendo: pessoas estão na fila de Santa Bárbara d’ Oeste, entram em contato comigo dizendo que não se encontram na fila desse Portal de Transparência, que é a fila oficial. É possível que elas tenham se perdido na papelada na burocracia numa Secretaria de Saúde e tem gente esperando há mais de ano. Hoje que foi o dia que lançaram e a gente já divulgou para as pessoas que a gente atendeu e acolheu. Nós já temos dois casos de pessoas que não encontram o próprio nome na fila. É uma coisa que pode parecer pequena, mas é enorme, um passo muito grande em direção à transparência, em direção a uma gestão pública eficiente. Eu fico feliz de mesmo sem mandato já ter contribuído de alguma maneira, fazendo os prefeitos se mexerem. Essa pessoa, por exemplo, agora a gente deve acompanhá- -la até a Secretaria de Saúde porque a gente tem uma resposta para entender porque que ela não está nessa fila. Se foi perdido ou se foi um erro de informática, o que aconteceu. Também tem outros municípios vizinhos, como Sumaré, Campinas, Hortolândia, Americana, Nova Odessa. São seis municípios que tivemos uma maior proximidade nesse primeiro momento, mas a ideia agora é que a gente possa pedir para toda a região de Campinas porque eu tenho certeza que mexendo nas estruturas internas da Prefeitura vai trazer bons resultados, seja uma pessoa descobrir que talvez não está na fila ou nem foi encaminhada.

Sobre desenvolvimento econômico, de que maneira contribuir e colaborar com o empreendedor?

Esse tema é super importante porque a pandemia nos impõe uma crise econômica. Eu tenho me voltado muito ao microempreendedor, o pequeno empresário, trabalhado na ideia do microcrédito. Então, as pessoas hoje que fazem um pequeno negócio dentro de casa, eu tenho um olhar muito especial para as mulheres, às vezes faz bolo para vender, manicure e cabeleireira, enfim, vai se virando para complementar a renda familiar. Elas não conseguem ir à lei e são talentosíssimas. Inclusive, eu conheço muitas empreendedoras, de forma geral, muito talentosas, mas que falta crédito. Se você vai pegar um crédito hoje no banco, você acaba passando para o endividamento, então o que a gente precisa, em projeto de país, é trabalhar nesse sentido e impulsionar essa pauta. Além disso, tem alguns projetos, por exemplo, como programas no Estado de São Paulo e isso também a gente trabalha dando voz, comentando, cobrando. Então, às vezes, tem uma ótima ideia de negócio, mas com um pouquinho mais de conhecimento sobre finanças, marketing, essa pessoa consegue avançar sozinha, caminhando com as próprias pernas de uma forma muito impressionante e impactante na sua vida. Eu tenho foco no microempreendedor, nas pequenas empresas, para que a gente consiga diminuir o número de empresas na falência, que ainda é muito alto. A gente precisa fomentar a formação integral dessas pessoas. A gente vê o recorte da fome no Brasil e vê como as mulheres passam mais fome no país. A gente vê que as crianças, filhos dessas mulheres, são as crianças que estão passando fome. Ela é decisiva para o desenvolvimento dessas crianças. Então, é necessário entender que o recorte de gênero faz muito sentido. Nós pensamos nas mulheres microempreendedoras, elas saem com muito mais dificuldade porque muitas são mães solos. Mulheres que acabam ficando sem o respaldo do estado para uma vaga na creche e sem o respaldo para realmente ter uma assistência onde ela pode se recolocar no mercado de trabalho. Ela acaba tendo que se reinventar dentro de casa. Essa mulher que a gente precisa dar uma atenção especial e lutar por uma linha de crédito específica.

De que forma legislar para reduzir impostos e atrair empresas? 

A atração de novas empresas eu vejo como uma deputada da região pode ajudar muito dando as caras e dando visibilidade para nossa região. O Brasil não é o mesmo de 30 anos atrás, onde a gente tinha poucos polos de desenvolvimento. Hoje, a gente precisa ter um diferencial aqui na região de Campinas e saber falar desse nosso diferencial. A questão de impostos é sempre uma bandeira e se a gente puder lutar para diminuir impostos para poder ter mais investimentos, é ótimo e maravilhoso. É algo que precisa de apoio.

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