sábado, 28 dezembro 2024

Minha Luta

Por Ailton Gonçalves

No dia 1º de setembro tive a oportunidade de participar de uma sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo, onde foi entregue o título de “Cidadão Paulistano” ao Dr. Gilberto Natalini. Não o conhecia. Sabia apenas que era um vereador com vários mandatos na cidade de São Paulo. Cerimônia lindíssima, com a participação da sociedade paulistana de vários segmentos. 

Durante a sessão solene percebi que se tratava de um caso de uma trajetória política muito rica. Médico honrado. Político relevante. Uma história de lutas por um país melhor. Ao final de muitas falas dos presentes, falou o homenageado, Dr. Gilberto Natalini. Em sua fala deixou claro que estava deixando a vida política, com mandato delegado pelas urnas. Porém, dizia ele, continuaria sua luta em quatro eixos. Foi a hora que aguçou ainda mais minha atenção. Sabia que ali o orador estaria sintetizando algo importante para ele e para seus ouvintes. Era a síntese. Era a conclusão de uma trajetória. 

Segundo ele, continuaria lutando, mesmo sem um mandato popular, em quatro áreas. Primeiro, continuaria lutando incondicionalmente pela democracia. Se a democracia fosse ameaçada, ele seria o primeiro a “ocupar trincheiras” para preservá-la. Ouvia tudo atentamente. Segundo, continuaria sua luta pela moralidade e ética na vida pública. Como estamos precisando disto desde a proclamação da República. Há um clamor nacional por transparência na coisa pública. A terceira trincheira do orador é a luta por um desenvolvimento sustentável. É a luta pelo respeito à mãe natureza. É a luta contra o desmatamento desenfreado. É a luta pela vida de todos os seres vivos. É o respeito por nossa habitação comum, o planeta Terra. E, por fim, o orador da noite colocou sua quarta luta. A luta contra a desigualdade social. Vivemos num país com uma tremenda desigualdade social. Não podemos e não devemos nos acostumar com uma realidade tão cruel. Na pandemia essa desigualdade veio à tona com maior intensidade.

Enquanto ouvia a peroração do orador homenageado, agora cidadão paulistano, fiquei pensando que essas trincheiras fazem parte da minha luta como cidadão brasileiro e como cristão. 

Somos chamados para lutar pela democracia. A ditadura, de triste e horrível memória recente, não queremos nunca mais. A democracia é também minha luta. Também almejo moralidade e ética na vida pública de nosso país. Persigo um desenvolvimento com respeito ao planeta, nossa casa comum. Preservar o planeta é preservar a vida. 

E, por fim, também quero combater toda e qualquer desigualdade social. A desigualdade social rouba a dignidade das pessoas. Eu sonho com um país mais justo e menos desigual. Voltei para Americana feliz. Satisfeito e entusiasmado pelo que vi e ouvi. Esta é minha luta. É isso!

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também