quinta-feira, 21 novembro 2024

Alexis defende PPPs para elevar qualidade da educação no país

Candidato à reeleição a deputado federal pelo Novo também levanta bandeira de apoio a empreendedores

ALEXIS FONTEYNE | Candidato à reeleição a deputado federal defende empreendedor

O programa “Sua Voz, Sua Vez, Seu Voto”, da Rede TODODIA, entrevistou o candidato à reeleição a deputado federal pelo Partido Novo, Alexis Fonteyne. O empresário enfatizou a importância de lutar em favor dos empreendedores brasileiros na Câmara dos Deputados. Alexis também defende PPPs (Parcerias Público-Privadas) na educação para aumentar a qualidade do ensino e a inclusão de matérias de empreendedorismo na grade do ensino básico. Confira a entrevista:

TODODIA: Alexis, vamos falar sobre desenvolvimento econômico. Você tem uma vida de empresário. Como começou essa trajetória?
ALEXIS FONTEYNE: Começou como uma coisa muito natural, desde criança sempre tive um espírito empreendedor. Eu montava e desmontava brinquedos. Comprava carro e reformava. Fui cursar Engenharia para ter mais informações sobre isso. Depois me formei e fui trabalhar na Rhodia na área de manutenção, que é uma área que tem muita oportunidade. Eu olhava aquilo e falei que iria empreender. Pedi as contas, peguei a rescisão e acabei comprando um terreninho aqui em Sumaré e montei uma empresa para fazer piso de concreto, pisos industriais. E foi indo e aprendi a aplicar epóxi. 

Em seguida, montei uma fábrica de epóxi. Essa fábrica realmente tinha um belo sucesso. A primeira foi para aprender e arrebentar a cara. A segunda avançou bem e acabou se tornando uma bela empresa. Em 2018, vendi metade dela para um grupo americano para poder ir para a política. É por isso que eu entendo o tanto que é difícil empreender no Brasil, as dificuldades de montar um negócio no país.

Você tem um canal bastante acessado no YouTube que mostra os desafios e incentivos de empreender no Brasil. Como foi isso?
Eu tinha um canal para ensinar a aplicar revestimentos epóxi e solepoxy, ensinando a aplicar e expandir o negócio pelo Brasil. O que acabou acontecendo foi muito por acaso. O meu caminhão que estava levando o produto lá para Mogi das Cruzes foi parado lá na Marginal Tietê e encheram de multa o caminhão e na mercadoria. Fiquei muito revoltado, pois tudo estava correto: caminhão perfeito, o motorista com curso. Mas o estado vai lá e dá multa mesmo estando certo. Eu fiz um vídeo por acaso e falava assim: entenda como é difícil empreender no Brasil. Até hoje se você colocar no Google “Entenda como é difícil empreender no Brasil” ele está lá em primeiro lugar. Quando eu coloquei aquele vídeo, viralizou. Isso foi no Facebook. Depois eu criei o canal no YouTube. Eu comecei a observar aquilo e ler os comentários e aí eu percebi que era uma dor de muitos empreendedores no Brasil. É um serralheiro, um marmorista, a moça do salão de beleza, a borracharia, o carpinteiro. Todo mundo tem o estado como grande inimigo dele. Vendo isso, comecei a fazer mais vídeos sobre folha de pagamento, fluxo de caixa, contabilidade, problema da parte tributária, mostrando tudo isso e esse canal foi crescendo. Aconteceu assim que eu fui eleito deputado federal com essa pauta de defender o cidadão que tenta empreender nesse estado burocrático. Eu mostrei como deputado que mais entendia do assunto e acabei levando o meu conhecimento para poder eliminar o chamado “Custo Brasil”, que é todo o custo que tira a competitividade das nossas empresas. Acabei montando a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo para fazermos um mapeamento de tudo que é proposta de leis para aprovar e influenciar os deputados para fazer com que o Brasil seja muito mais simples sem Custo Brasil, sem burocracia para gente ter competitividade. Tendo competitividade, tem investimento. Tendo investimento, tem emprego e renda.

As pautas empreendedoras avançaram desde que você assumiu essa legislatura?
Olha, avançou muita coisa, além da liberdade econômica que é em busca de um monte de regras e leis que permitem que as prefeituras possam aprovar nos seus municípios a mesma lei, só que em um ambiente municipal para que, por exemplo, você possa abrir o teu negócio. Você pode abrir o negócio, pode começar a funcionar e depois você vai acertando a documentação da tua empresa. Tem várias coisas que foram feitas para melhorar, mas tem muita coisa que tem que ser feita ainda para deixar o empreendedor focar no seu negócio e não no governo, não as obrigações acessórias, não aquele que tira energia e atenção dele com relação aos impostos.

Qual a sua visão para melhorar a educação pública no Brasil?
Esse é um tema que o Brasil gasta muita energia e é altamente ineficiente. O Brasil é um dos países que mais investe em educação, mas investe errado. Investia sempre na educação superior e esquecia do ensino fundamental, que é a base. Sem uma base e uma boa formação você não consegue construir um prédio alto. O Brasil tem que perceber esse erro na estratégia que era um pouco política. Crianças saindo da escola sem saber ler e escrever, com os piores índices de matemática. É disparado o pior. Só tem uma forma disso mudar. Na minha opinião nós temos que começar a fazer com que a iniciativa privada entre nessa discussão nas parcerias público-privadas com o estado. O estado garante a educação para as crianças, mas a escola não tem que ser obrigatoriamente pública. Elas podem ser privadas, financiadas pelo público, e garantir. Você que tem teu filho na escola pública ganha um vale educação, um voucher, e você escolhe a melhor escola. Com isso, provoca uma competição entre as escolas para que elas atraiam você e queiram prestar melhores serviços. A educação tem de ter esse foco como uma forma de formação e capacitação para colocar essas pessoas no mercado de trabalho.

Qual a sua avaliação e visão sobre a inclusão do empreendedorismo na grade curricular? Isso é comum nos demais em países como Estados Unidos e na Europa, é absolutamente natural. Veja uma coisa: ter noções de contabilidade, fluxo de caixa, matemática financeira. Nos temas das escolas na Europa você aprende toda a visão de um negócio e você vai dando formações, bases importantes para o cidadão poder se formar e sentir o gosto do empreendedorismo. O empreendedorismo tinha de ser fundamental como o esporte é na escola. A gente não consegue descobrir os talentos nas escolas. No empreendedorismo, você estimula e pode sair um novo grande empresário brasileiro, um cara criativo que pensa fora da caixinha.

Por que muitos municípios ainda patinam ao não fazer essa inclusão na grade curricular?
Por ignorância. Esses dias escutei de uma maluca do Rio Grande do Sul, candidata a deputada estadual, que era um absurdo fazer na grade curricular a educação financeira porque o pobre não tem dinheiro. Se não aprender isso, aí que não vai ter mesmo. Justamente é a formação o que faz com que ele ganhe dinheiro. 

Quem ganha dinheiro e consegue sair daquela condição miserável é a pessoa que não depende mais do estado. Cresce a autoestima. Aumenta o brio. A pessoa que se ama e tem uma postura. Tem de investir nisso e inibir as discussões ideológicas que no fundo querem manter as pessoas naquela condição de miserável, de coitadinho e deixar que o estado cuide de você. Queremos libertar as pessoas.

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