A seleção brasileira enfrentará a França neste domingo (23), às 21h (16h em Brasília), no Havre (noroeste francês), pelas oitavas de final da Copa do Mundo feminina.
Quarta colocada no ranking da Fifa, a França estreou na competição diante de um público recorde (no estádio Parc des Princes, em Paris, e na televisão francesa) e com uma vitória convincente por 4 a 0 sobre a Coreia do Sul. Mas o ímpeto inicial foi arrefecendo. O triunfo contra a Noruega, por 2 a 1, na segunda rodada, veio bem mais suado.
Na última aparição da fase de grupos, contra a inexpressiva Nigéria (apenas 38ª na classificação mundial), as francesas arrancaram um gol solitário nos minutos finais, e de pênalti que a árbitra mandou repetir “”a primeira tentativa não havia sido convertida.
A estrela da seleção tricolor é a atacante Eugénie Le Sommer, que defende o Lyon, detentor de seis títulos da Champions League (incluindo quatro consecutivos, desde 2016). Com 76 gols pela equipe nacional, ela é a segunda maior artilheira da história francesa. As brasileiras acumulam dois triunfos (contra Jamaica e Itália) e uma derrota, de virada, para a Austrália.
Quem vencer o embate de domingo deve ter pela frente nas quartas a temida seleção dos EUA, líder do ranking da Fifa e tricampeã do torneio. As americanas, que chegaram à França aplicando a maior goleada já vista em Mundiais (masculinos ou femininos), os 13 a 0 sobre a Tailândia, encaram as espanholas nas oitavas, na segunda (24).
Como comparação, a Austrália, que desbancou o Brasil do segundo lugar do grupo, enfrenta a Noruega (12ª do mundo) e, em caso de triunfo, o vencedor do duelo entre Inglaterra (3ª) e Camarões.
O adversário do Brasil só foi definido ontem (20), dois dias depois da vitória da equipe sobre a Itália que garantiu as brasileiras na fase de mata-mata do torneio. Como a seleção ficou em terceiro lugar no Grupo C, com seis pontos, era preciso esperar confrontos que definiriam os outros terceiros colocados que avançariam “”só os 4 melhores de um total de 6 grupos continuam na competição.
Os outros classificados como terceiros colocados são a Nigéria, com 3 pontos e -2 de saldo de gols no Grupo A; a China, com 4 pontos no Grupo B; e Camarões, com 3 pontos e -2 de saldo no Grupo E. A única combinação possível para que as brasileiras não enfrentassem as francesas incluía a qualificação do terceiro colocado da chave F. Se esse cenário se concretizasse, as adversárias seriam as alemãs, líderes do Grupo B.
No duelo decisivo do Grupo F, porém, o Chile até venceu a Tailândia por 2 a 0, acumulando 3 pontos, mas os dois primeiros gols das chilenas no Mundial deixaram a equipe com -3 de saldo e não foram suficientes para que a equipe superasse Nigéria e Camarões.
A equipe sul-americana ainda teve um pênalti a seu favor aos 40 min do segundo tempo para fazer o gol que a classificaria para as oitavas de final, mas Francisca Lara desperdiçou chutando no travessão.
