O Palmeiras viu sua invencibilidade de 33 jogos no Campeonato Brasileiro ruir na noite deste sábado (20), no Castelão, onde o time foi derrotado por 2 a 0 pelo Ceará. O último revés da equipe alviverde havia acontecido na 15ª rodada da edição 2018.
A derrota foi um reflexo do fracasso na Copa do Brasil, torneio do qual foi eliminado na quarta-feira (17), pelo Internacional nos pênaltis, após derrota por 1 a 0 nos 90 minutos de partida.
A vitória dos cearenses também deixa ameaçada a condição do Palmeiras como líder do campeonato. Neste domingo (21), o Santos terá a chance de alcançar os mesmos 26 pontos da equipe de Luiz Felipe Scolari em caso de vitória sobre o Botafogo, no Rio.
Com este cenário, o Palmeiras vai encarar o seu momento de maior pressão na temporada às vésperas do primeiro confronto com o Godoy Cruz (ARG), na terça-feira (23), pelas oitavas de final da Libertadores, torneio tratado pelo clube como sua prioridade.
Há mais de um ano, aliás, o time alviverde não sabia o que era perder duas partidas seguidas. A última vez ocorreu em no dia 30 de maio de 2018, quando foi batido pelo Sport, por 3 a 2, quatro dias após também ter sido superado pelo Cruzeiro, 1 a 0, em duelos pelo Nacional.
Mais do que a sequência ruim, o desempenho do time é o que tem deixado a torcida mais preocupada. Assim como no Beira-Rio, contra o Inter, o Palmeiras voltou a ser pressionado no Castelão. O Ceará, que iniciou a rodada em 14º, foi quem ditou o ritmo da partida.
O gol do jogo saiu ainda no primeiro tempo, quando Matheus Gonçalves teve duas chances antes de finalizar rasteiro, sem chances para Weverton, aos 31 minutos.
Antes de validar o gol, o árbitro foi chamado para conferir o VAR, após reclamação dos jogadores do Palmeiras de uma suposta falta na origem da jogada. O juiz Rodrigo D’Alonso Ferreira estava próximo ao lance e havia mandado o jogo seguir. Ele ficou irritado por ter sido chamado para analisar a jogada.
Durante o intervalo, Felipão tentou mudar a postura de sua equipe. Sacou Gustavo Scarpa e colocou Willian em campo, com objetivo de ter mais volume ofensivo. O time passou a explorar mais as laterais, mas abusou de cruzamentos. Deyverson não ganhou uma bola limpa.
Aos 22 minutos, o VAR voltou a entrar em ação. Desta vez, para anular um pênalti que o árbitro havia apontado em favor do Palmeiras. No lance, a bola resvalou na mão do zagueiro Luiz Otávio após cruzamento de Marcos Rocha, mas o árbitro considerou involuntário.
Quatro minutos depois, o Ceará chegaria ao segundo gol. O goleiro Diogo Silva fez uma ligação direta com o ataque em um tiro de meta, Felipe Melo resvalou de cabeça e a bola sobrou para Leandro Carvalho. Com categoria, ele encobriu Weverton, que saiu desesperado do gol.
Desde 24 de outubro do ano passado o Palmeiras não perdia um jogo por dois gols de diferença. A última vez ocorreu diante do Boca Juniors, quando os argentinos fizeram 2 a 0 no jogo de ida pela semifinal. Na volta, um empate por 2 a 2 sacramentaria a eliminação palmeirense.
No Nacional, fazia ainda mais tempo desde o último revés com diferença superior a um gol. Foi em 3 de dezembro de 2017, quando o Athletico-PR fez 3 a 0 no Palmeiras na última rodada do Nacional.
Essa será a pressão que o time de Luiz Felipe Scolari vai carregar para o duelo contra o Godoy Cruz.
CEARÁ Diogo Silva; Samuel Xavier, Valdo, Luiz Otávio e João Lucas; Ricardinho, William Oliveira (Pedro Ken) e Thiago Galhardo; Mateus Gonçalves (Leandro Carvalho), Felipe Silva (Fernando Sobral) e Felippe Cardoso.T.: Enderson Moreira.
PALMEIRAS Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa (Willian); Dudu (Ramires), Zé Rafael (Raphael Veiga) e Deyverson.T.: Luiz Felipe Scolari.
Árbitro: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)Assistentes: Helton Nunes e Thiaggo Americano Labes (SC)VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)Cartões amarelos: Luiz Otávio, William Oliveira e Felippe Cardoso (Ceará); Felipe Melo e Gómez (Palmeiras)Gols: Matheus Gonçalves, do Ceará, aos 31 minutos do primeiro tempo e Leandro Carvalho, do Ceará, aos 26 minutos do segundo tempo.