Total chega a 62.882 na cidade, conforme dados do Cadastro Único
O número de famílias de Campinas que vivem em situação de extrema pobreza, com uma renda mensal de até R$105 por pessoa, subiu 30,7% em um ano, de acordo com os dados do Cadastro Único. Em média, 1,2 mil novas famílias entraram nessa categoria todos os meses de 2022, resultando em 62.882 na cidade. Um ano antes, o total foi 48.083.
Apesar do crescimento populacional, a metrópole nunca teve tantas famílias nesta condição desde o início da série histórica do Cadastro Único do governo federal, em 2012. Os dados são do CECAD. Ao todo, Campinas tem aproximadamente 126,8 mil cadastros de grupos familiares que dependem de programas sociais vinculados ao Cadastro Único.
Ao todo, a cidade tem ao menos 126,8 mil cadastros de grupos familiares que dependem de programas sociais vinculados ao Cadastro Único.
De acordo com Vandecleya Moro, responsável pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, a realidade de Campinas é a mesma do estado e do Brasil, por conta dos índices de desemprego.
“Há um estudo nacional do IBGE que associa a questão do desemprego com o fator de agravamento dos indicadores sociais e o aumento das famílias em condições de extrema pobreza. O fenômeno não é só em Campinas, é nacional.”, explicou Vandecleya em entrevista ao g1.
Segundo a prefeitura, a cidade não possui medidores específicos municipais para apurar os motivos pontuais de aumento da vulnerabilidade social, mas auxilia o acesso dessas pessoas aos benefícios sociais.
As informações sobre como cadastrar uma família que precisa de ajuda, através dos diversos programas sociais, podem ser obtidas pelo telefone 156 da prefeitura ou diretamente em alguma unidade do Centro de Referência da Assistência Social, que faz o cadastro e encaminhamento das famílias.