Ela fez acusações “genéricas” contra Esther Moraes e Kátia Ferrari, durante reforma da sala da Procuradoria da Mulher
Uma funcionária de empresa terceirizada da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste diz que se sentiu “humilhada, destratada, inferiorizada e desrespeitada” pelas vereadoras Esther Moraes (PL) e Kátia Ferrari (PV), durante a reforma da sala da Procuradoria da Mulher, recém-inaugurada no município.
Rosemeire Marques trabalha numa empresa terceirizada de limpeza que presta serviço para a Câmara Municipal. Ela diz que foi até a sala oferecer papelão para proteger o piso.
Rosemeire afirma que a vereadora Esther solicitou “de maneira ríspida” que ela lavasse um tapete. A funcionária, teria então respondido que precisava da autorização do seu chefe. Ainda segundo Rosemeire, a vereadora Kátia Ferrari teria dito “vou sim ligar para o chefe do setor”.
Contudo, as declarações da funcionária são vagas, num primeiro momento, porque ela não detalhou quais palavras teriam sido usadas na suposta agressão, como entendeu o procurador da Câmara Municipal.
“O relato utiliza palavras genéricas que não deixa claro efetivamente o tipo de agressão supostamente sofrida”, afirma a Procuradoria da Câmara.
O chefe do Setor de Manutenção e Conservação Predial encaminhou um ofício ao Poder Legislativo no dia 17 de fevereiro e o procurador chefe da Casa, Raul Miguel Consoletti, emitiu um parecer jurídico no dia 7 de março.
Nele, o procurador pede manifestação da funcionária para detalhar o que teria sido dito pelas parlamentares, que têm a opção de apresentar as suas versões do ocorrido.
Outro lado
A vereadora Esther Moraes se manifestou surpresa com a denúncia, recebida por notificação há pouco tempo, “como consta no próprio parecer é uma reclamação genérica e não traz exatamente o que ocorreu”, se defende.
“Eu quero que esse caso seja tratado com transparência e dentro da legalidade e me encontro tranquila com essa suposta acusação, não é a minha forma de trabalhar ou de agir. Estudo nesse momento as medidas a serem tomadas”, afirma a parlamentar.
Esther se colocou à disposição para esclarecer esse fato e diz que vai “resolvê-lo com cordialidade e respeito, buscando manter a boa relação que sempre tive com servidores e funcionários desta Casa”.
A outra parte envolvida na denúncia, a vereador Kátia Ferrari, enviou uma declaração à nossa reportagem lamentando o ocorrido, reforçando que foi um mal-entendido e que inclusive já se redimiu diante da funcionária. “Em momento algum nós desrespeitamos a colaboradora. Tudo não passou de um mal-entendido e parece que ela irá retirar. Ganhamos o tapete e eu só pedi para limpar. Ela disse que precisava falar com o chefe. Eu disse que iríamos limpar. Ainda estou na fase de conhecimento das alegações apresentadas por ela, mas na segunda-feira terá um outro desdobramento do fato, com certeza tudo será esclarecido”, disse a parlamentar.