Em entrevista à Rede TODODIA, o infectologista Dr. Arnaldo Gouveia Júnior, explica como funciona a doença, causada pelo mesmo vírus da catapora
A Herpes-zóster, conhecida popularmente como “cobreiro”, é uma doença viral causada pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zóster. Apesar de ser causada pelo mesmo agente infeccioso, os sintomas, a epidemiologia e o tratamento são diferentes. A Rede TODODIA entrevistou o médico infectologista, Dr. Arnaldo Gouveia Júnior, que explica sobre a enfermidade.
Causas
O vírus, que na maioria das vezes é adquirido durante a infância através da catapora, permanece no corpo do indivíduo a vida toda. Geralmente, isso não é um problema, mas em pessoas com comprometimento imunológico, como portadores de doenças crônicas, câncer, Aids e idosos, é possível desenvolver a Herpes-zóster.
O vírus, que na maioria das vezes é adquirido durante a infância através da catapora, permanece no corpo do indivíduo a vida toda. Geralmente, isso não é um problema, mas em pessoas com comprometimento imunológico, como portadores de doenças crônicas, câncer, Aids e idosos, é possível desenvolver a Herpes-zóster.
“Na medida que a pessoa vai avançando na idade, vai se tornando mais prevalente, ocorrendo mais, por conta do próprio sistema imunológico, mas mesmo a pessoa mais nova pode ter, com a queda da imunidade. Na verdade, ela é a reativação de um vírus que está no corpo da pessoa desde a infância, o vírus da catapora. Quando surgem as bolhas, lembra bastante a catapora, com a diferença que catapora ocasiona bolhas espalhadas no corpo, e a Herpes-zóster segue estritamente o caminho do nervo”, afirmou o especialista.
Sintomas
O médico explicou que, na maior parte dos casos, a doença começa com uma dor local e, após isso, aparecem as lesões na pele. “Geralmente começa com uma dor local […] depois de alguns dias, surgem erupções. São lesões bolhosas, que tem essa característica de seguir um ramo nervoso, sempre é do mesmo lado [do corpo]. Esse processo das lesões na pele dura sete, 10, 14 dias, depois tem dois caminhos. Na pessoa mais jovem, as lesões secam e a dor cessa. No idoso, ou na pessoa com comprometimento imunológico mais grave, a dor vai durar muito. Não a lesão da pele, a inflamação crônica que pode ficar no nervo, a neuralgia pós-herpética”, explicou Dr. Arnaldo.
O médico explicou que, na maior parte dos casos, a doença começa com uma dor local e, após isso, aparecem as lesões na pele. “Geralmente começa com uma dor local […] depois de alguns dias, surgem erupções. São lesões bolhosas, que tem essa característica de seguir um ramo nervoso, sempre é do mesmo lado [do corpo]. Esse processo das lesões na pele dura sete, 10, 14 dias, depois tem dois caminhos. Na pessoa mais jovem, as lesões secam e a dor cessa. No idoso, ou na pessoa com comprometimento imunológico mais grave, a dor vai durar muito. Não a lesão da pele, a inflamação crônica que pode ficar no nervo, a neuralgia pós-herpética”, explicou Dr. Arnaldo.
Outros sintomas
• Parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc);
• Ardor e coceira locais;
• Febre;
• Dor de cabeça;
• Mal-estar.
• Parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão etc);
• Ardor e coceira locais;
• Febre;
• Dor de cabeça;
• Mal-estar.
Transmissão
A doença pode ser transmitida através do contato, mas como catapora, e não Hérpes-zóster.
Tratamento
De acordo com o médico, o tratamento é realizado através de antivirais, como o aciclovir ou valaciclovir, dependendo da idade e condições de saúde do paciente. Além disso, podem ser utilizados analgésicos para as dores.
Prevenção
A vacina contra a Herpes-zóster é liberada para pessoas com idade acima de 50 anos, e recomendada a partir dos 60 anos, para reduzir o risco de desenvolver a doença e prevenir contra maiores complicações, como a neuralgia pós-herpética.
A vacina contra a Herpes-zóster é liberada para pessoas com idade acima de 50 anos, e recomendada a partir dos 60 anos, para reduzir o risco de desenvolver a doença e prevenir contra maiores complicações, como a neuralgia pós-herpética.
No entanto, é importante ressaltar que a vacina não faz parte do calendário do SUS, e o alto custo dificulta o acesso à aplicação.