sábado, 21 dezembro 2024

Após reunião com Lula, ministro americanense pede demissão do GSI

O general Gonçalves Dias pediu exoneração nesta quarta-feira (19) depois de se reunir no gabinete do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) logo após a CNN vazar imagens dele circulando no Palácio do Planalto, no dia dos ataques de 8 de janeiro

Foto: divulgação GSI

Por Henrique Fernandes

O americanense Marco Edson Gonçalves Dias pediu demissão do cargo de ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a tarde desta quarta-feira (19).

O pedido ocorreu depois da CNN divulgar vídeo do general da reserva circulando nos corredores do 3º andar do palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, em Brasília. O general da reserva era responsável pela segurança pessoal do presidente e se reuniu com Lula e outros ministros, antes de ser definida a decisão.

Com a saída do general Gonçalves Dias, Lula ainda não definiu quem será o próximo comandante da pasta. O ex-ministro foi flagrado às 16h29 do dia 8 de janeiro, no 3º andar do Palácio do Planalto, saindo de uma sala e acionando a maçaneta de duas portas.

Depois ele passa por uma porta de vidro e conversa com alguns manifestantes apontando um caminho com a mão direita. As imagens das câmeras de segurança foram divulgadas nesta quarta-feira (19), com exclusividade, pela rede de televisão CNN.

Posicionamento do GSI

O Gabinete de Segurança Institucional divulgou uma nota de esclarecimento dizendo que “as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”.

O GSI ainda afirma que quanto às afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, “informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, relatou através de nota.

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