Fim das inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2024 e os preparativos se intensificam para se garantir bons resultados para a maior porta de entrada das universidades públicas do país.
Com 5.055.699 inscrições registradas em todo o país, o Estado de São Paulo foi o estado com maior número de inscritos, tendo 747.094 inscrições efetuadas. Na Escola Estadual João XXIII em Americana, 100% dos alunos que se despedem do ensino médio neste ano estão inscritos para realizar a prova.
Atualmente, são 117 alunos matriculados nos terceiros anos que trazem orgulho para o corpo docente da escola. Segundo a diretora Gilmara Aparecida Canciani, esse é o terceiro ano consecutivo que a escola apresenta esses números.
“Para a gente isso é emocionante, porque é um trabalho que a gente faz diariamente aqui e é a recompensa que nós temos da educação, vendo esses alunos se empenhando, caminhando para realizar o projeto de vida deles e se tudo der certo esses garotos estarão na universidade ano que vem”, diz, reforçando que é uma inspiração essa alegria e foco nos estudos para terem bons resultados no Enem.
A coordenadora Andreise Martins explicou que a importância de seguir os sonhos e pensar na vida adulta desses jovens é abordada desde o primeiro ano e fazer uma prova com grande reconhecimento nacional como essa é uma coroação do fim dos estudos da educação básica. “É um motivo de orgulho, de coroação também do nosso trabalho. Nós trabalhamos exatamente para isso, para que eles tenham sucesso, para que eles alcancem os seus sonhos e oportunidades”, complementa.
PREPARAÇÃO
Beatriz Lopes, Letícia Peres, Maria Luiza Jampani e Samuel Amaral, todos de 17 anos e alunos do terceiro ano do ensino médio, estão aproveitando o tempo na escola e fora dela para os estudos. Cada um com seus sonhos, todos dividem a mesma sensação: ansiedade de realizar a prova.
Para dar um apoio aos alunos, a escola fornece apoio desde o primeiro ano para que eles possam se preparar para as fases dos vestibulares. Por meio de plataformas específicas, professores especializados e simulados, os alunos vão se mantendo mais por dentro do estilo de avaliação. “A gente percebe que nesta luta a gente não tá sozinho. É difícil mas a gente tem muito apoio dos professores, da gestão e além dos próprios colegas. Aqui inspira muito o relacionamento para a melhoria do aprendizado”, relata Samuel. que almeja estudar Teologia.
Maria Luiza, que pensa em cursar psicologia – mas traz outras opções em mente – sai da a escola e após descanso mantém uma rotina de estudos até o início da noite. Mesmo que o tempo seja curto para tanto conteúdo, ela declara para os que ainda não começaram que ainda dá tempo de estudar. “Se você se cobra demais você não tem um foco. Vá aos poucos, veja o seu ritmo, você tem que ter a matéria em mente porque não adianta só pegar a matéria e ler”, diz
Letícia que se divide entre design de moda ou nutrição, comenta que é sempre bom focar nos pontos mais fracos para poder garantir uma nota maior no que tem dificuldade. “Os professores daqui criaram um intensivo, principalmente de matemática que os alunos tem mais dificuldades. Os alunos se voluntariam para ir lá e aprender, é muito legal e a gente pode contar muito com o apoio dos professores para tirar dúvidas”, diz.
Beatriz já fez o Enem no ano passado para praticar e relatou que se sente mais preparada para essa etapa de vestibular, agora que entende como funciona o mecanismo da aplicação de provas, os horários e estilo de questionários. “Foi bom para mim para eu ter mais ciência do meu modo de agir, como me acalmar para conseguir realizar uma boa prova. É uma prova extensa, tem que se esforçar para fazer uma prova calma, é muita pressão”, relata.
Beatriz está se decidindo entre História, Nutrição ou Psicologia e deixa um recado para que, os adolescentes que estão entrando no ensino médio no próximo ano, passem por essa experiência para melhor preparação.
TREINEIROS
Além dos alunos dos terceiros anos, uma prática muito comum para quem utiliza o Enem para o ingresso em universidades públicas e privadas, é treinar antes de fazer a prova na idade definida.
Fábio Galan, de 16 anos, estudante do segundo ano, faz o Enem desde o 9º ano do Ensino Fundamental, como forma de praticar e entender a prova, que segundo ele, é uma prova de resistência.
“Eu acho que o Enem é muito o conhecimento da prova em si. Por isso fazer ele como treineiro ajuda você a se sentir mais preparado. Pensando nisso eu comecei a treinar bastante e acho que treinar pelas questões e conhecer a prova é o essencial para que você consiga atingir um bom resultado”, afirma Fábio.
Ele ainda se divide entre as áreas de Biologia ou História, fala que iniciou o treino mais calmo e vai ficando mais ansioso quanto mais perto está chegando, por isso cuidar da saúde mental também deve ser levando em conta durante esse período de preparação. “Eu acho interessante a gente seguir nossos sonhos, objetivos, como uma forma de suprir nossas necessidades e desejos e não as vezes acabar sendo persuadido por alguém. Tem que ter foco e seguir seus objetivos”, reforça.
Manuela Melo, também de 16 anos, tem o objetivo de cursar medicina na Unicamp (Universidade de Campinas) e tem se preparado para enfrentar a maratona de vestibulares desde já. “Quando a gente tem um preparo, planejamento e também autoconhecimento para uma prova dessas, a gente pode garantir também um melhor desenvolvimento dela no futuro”, diz. “Quando a gente pensa em fazer uma prova que tem uma extrema pressão emocional e perceber que não estamos sozinhos e que tem muita gente nisso, a gente pensa ‘caramba, a gente pode dar certo’ e seguir em frente”, complementa Manu.