domingo, 28 dezembro 2025
ÍCONE

Atriz Brigitte Bardot morre aos 91 anos na França

Ícone do cinema que popularizou o biquíni e estrelou E Deus Criou a Mulher dedicou últimos anos à causa animal
Por
Redação
Brigitte em visita ao Brasil em 1964. Foto: Domínio público/Acervo Arquivo Nacional.

A atriz Brigitte Bardot, lenda do cinema francês, morreu aos 91 anos neste domingo (28), em um hospital no sul da França, onde passaria por uma cirurgia. A causa da morte não foi divulgada, mas ela já apresentava saúde debilitada há meses, com longas internações.

O presidente francês Emmanuel Macron se manifestou sobre a morte. Ele escreveu: “Seus filmes, sua voz, sua fama deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais, seu rosto que se tornou Marianne — Brigitte Bardot personificava uma vida de liberdade. Uma existência francesa, um brilho universal. Ela nos tocou. Lamentamos a perda de uma lenda do século”.

Carreira que revolucionou o cinema
Nascida em Paris, em 1934, em família rica, Brigitte começou como modelo aos 15 anos, estampando a capa da revista Elle. Estreou no cinema em 1952, aos 18 anos, em Le Trou Normand, de Jean Boyer, no papel pequeno de Javotte Lemoine. No mesmo ano, atuou em Manina, a Moça Sem Véu, de Willy Rozier, onde apareceu de biquíni, ajudando a popularizar a peça.

Em 1953, integrou Mais Forte que a Morte, primeiro longa norte-americano, com Kirk Douglas. Sua aparição de biquíni no Festival de Cannes daquele ano causou frisson na mídia. Seguiram-se produções como A Noiva do Comandante, As Grandes Manobras e A Luz do Desejo (1955), e Helena de Tróia, Mademoiselle Pigalle e Meu Filho Nero (1956).

O ponto alto veio em 1956 com E Deus Criou a Mulher, dirigido pelo então marido Roger Vadim. No filme, Brigitte interpretou Juliette, órfã de Saint-Tropez que se casa para evitar o orfanato e desperta paixões. A produção a transformou em símbolo sexual global, influenciando a moda feminina.

Passagem pelo Brasil e ativismo
Atuou em sucessos como O Desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, ao lado de Anthony Perkins, Marcello Mastroianni, Alain Delon e Sean Connery. Em 1965, visitou o Brasil namorando o basqueteiro Bob Zagury, passando por Búzios (RJ), onde uma estátua sua permanece até hoje.

Seu último filme foi L’histoire très bonne et très joyeuse de Colinot Trousse-Chemise (1973). Depois, abandonou a carreira artística para se dedicar à defesa dos animais, criando a Fundação Brigitte Bardot. Enfrentou crises pessoais nos anos 60, depressão e alcoolismo, além de relação tumultuada com o filho.

Controvérsias políticas nos últimos anos
Em 2021, foi condenada por tribunal francês e multada em 20 mil euros por insultos racistas contra moradores da ilha de Reunião. Recentemente, declarou apoio a Marine Le Pen, da extrema-direita francesa.

Brigitte Bardot deixa um filho, duas netas e uma bisneta.

*Com informações da Agência Brasil.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também