O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que a alfabetização no segundo ano do ensino fundamental no estado de São Paulo atingiu 41% das crianças, em 2021, 19 pontos percentuais a menos em comparação a 2019, que marcava 60%. O primeiro senso divulgado após a pandemia da Covid-19, a queda deixou a educação paulista distante da diretriz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
De acordo com as diretrizes do BNCC, a alfabetização das crianças deve ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental. Com a capacidade de leitura de pequenos textos, formados por frases curtas; fazer interpretações básicas a partir da articulação entre texto verbal e não verbal, como em tirinhas e histórias em quadrinhos; e escrever, mesmo com desvios ortográficos, textos da vida cotidiana para uma comunicação simples, como convites e lembretes.
Aumento da evasão, da reprovação e da desistência da escola, são consequências que podem acarretar devido a falta de alfabetização na idade certa. Segundo o MEC, 11,4% dos brasileiros em 2021 eram analfabetos funcionais, pessoas com 15 ou mais anos que não sabem ler, escrever ou possuem menos de cinco anos de escolaridade.
Para buscar melhorar a educação e os dados, São Paulo aderiu ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que subsidia ações dos estados e municípios que promovam a alfabetização das crianças. O programa foi lançado pelo Ministério da Educação com o objetivo de garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental. No Brasil, a média de alfabetização em 2021 foi de 43,6%.
Embora o letramento comece a partir dos 5 ou 6 anos nas escolas, a pedagoga e diretora da Petit Kids Cultural Center, Fernanda King, com pós-graduação em Desenvolvimento Infantil, afirma que o processo de alfabetização tem início bem antes, já no primeiro ano de idade.
A pedagoga explica que o atraso na alfabetização começa quando a criança tem 1 ou 2 anos de idade. “É preciso ler para essa criança, incentivar o letramento. Identificar as letras da marca do biscoito que ela gosta”, escpecífica.
Fernanda ainda explica que com 4 anos a criança tem que identificar o próprio nome. “O desenvolvimento cognitivo e motor estão relacionados. Há marcos de desenvolvimento. Espera-se que a criança ande até um ano e meio e forme pequenas frases com 2 anos, por exemplo. Exceções devem ser observadas com atenção”.
Relembre mais sobre o programa nacional clicando aqui (https://tododia.com.br/brasil-mundo/governo-federal-lanca-novo-programa-de-alfabetizacao-infantil/)