sexta-feira, 22 novembro 2024
RACISMO

Deputado Gustavo Gayer diz que africanos e brasileiros são burros

Advocacia Geral da União estuda medidas cabíveis contra o parlamentar pelo crime de racismo
Por
Nayara Lourenço
Foto: Reprodução

O deputado federal Gustavo Gayer (PL) afirmou, na última sexta-feira (23), durante entrevista em um podcast, que “o Brasil está emburrecido” e que democracias não prosperam na África por conta da “capacidade cognitiva” da população. A declaração motivou um pedido de cassação do deputado por racismo no Conselho de Ética da Câmara, e a Advocacia Geral da União estuda as medidas cabíveis contra o parlamentar.

“Democracia não prospera na África, por quê? Para você ter democracia você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva”, disse o deputado, após o apresentador do programa dizer que o QI médio da população africana seria de 72 e alguns macacos teriam 90 pontos no quociente de inteligência. “Não tem como [a democracia dar certo no Brasil]. Você pega e dá título de eleitor para um monte de gente emburrecida”, afirmou Gayer.

Após o trecho repercutir nas redes sociais, a deputada federal Duda Salabert (PDT) entrou com um pedido de cassação do mandato do deputado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28). “A Câmara não pode ser espaço para racista! Deveria ser preso além de perder o mandato”, disse Duda.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, determinou que a Procuradoria-Geral da União estude imediatamente as medidas cabíveis contra as afirmações do deputado Gustavo Gayer, que, segundo a AGU (Advocacia Geral da União), podem configurar crime de racismo. A medida foi tomada após reunião com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

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