
O programa Desenrola Pequenos Negócios, do Governo Federal, registrou, de 13 de maio a 12 de junho, a possibilidade de renegociação de dívidas com instituições financeiras no valor total de R$ 1,25 bilhões, em todo país. Em um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que o volume financeiro negociado teve um aumento de 30,3 % na comparação com primeiro levantamento, com dados até 5 de junho.
Em dados divulgados pela Febrabran, 30.645 clientes já renegociaram 39.071 mil contratos de suas dívidas. Esses clientes pessoas jurídicas são microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.
Sete instituições financeiras participam do Desenrola Pequenos Negócios; Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Sicredi e Mercantil do Brasil. Somados, esses bancos públicos, privados e de crédito cooperativo representam 73% do total da carteira de crédito de micro e pequenas empresas nacionais.
Após a renegociação, o crédito é retomado imediatamente, o que pode impulsionar novamente seus negócios, gerar empregos, renda e fortalecer o desenvolvimento local.
Negociações
Das cinco regiões do Brasil, o Sudeste registrou o maior número de donos de micro e de empresas de pequeno porte buscaram por meio do programa, a renegociação de dívidas nos bancos. Os estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo, juntos, respondem por 14.908 clientes do programa, responsáveis pelo fechamento de 18.859 contratos, com volume negociado de R$ 564, 71 milhões.
No Rio Grande do Sul, o Desenrola Pequenos Negócios beneficiou 1,2 mil empresários que, até o momento negociaram R$ 62 milhões em dívidas. O estado gaúcho vem passando por recuperação econômica após enfrentar situação de calamidade pública provocada pelas enchentes que atingiram o estado em abril e maio.
Sobre o Programa
O Desenrola Pequenos Negócios é um programa que abrange todo o país, e é destinado a empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões que permite a renegociação de dívidas não quitadas com instituições financeiras até 23 de janeiro deste ano.
De acordo com o Ministério de Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, não há limite para o valor da dívida ou tempo máximo de atraso. As micros e pequenas empresas com débitos antigos e de todos os valores podem se beneficiar com a renegociação.
Para ter acesso aos benefícios do programa, o microempreendedor ou pequeno empresário deve procurar a instituição financeira onde tem a dívida em atraso para iniciar a negociação e, depois, formalizar o contrato. Os termos e prazos para a renegociação são definidos pelos bancos participantes do programa, que poderá oferecer condições especiais, como descontos, prazos mais longos para o parcelamento e juros reduzidos.