sexta-feira, 22 novembro 2024
SAÚDE

Dia Mundial de Conscientização da Esclerose Sistêmica

Uma doença crônica rara, mas que existe tratamentos e medicamentos para não evoluir
Por
Vitória Silva
Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (29), é o Dia Mundial da Conscientização sobre a Esclerose Sistêmica. A reumatologista Dra. Cristiane Kayser, membro da Sociedade Paulista de Reumatologia tira as dúvidas sobre a doença.

O que é?
Esclerose Sistêmica, também chamada de esclerodermia, que significa “pele dura” no grego, é uma doença crônica autoimune rara, que se caracteriza pela fibrose da pele e dos órgãos internos, fora o comprometimento vascular (artérias, veias, vasos), principalmente da microcirculação.

Existe a esclerodermia localizada, que se caracteriza pela manifestação da pele e a esclerose sistêmica, além da pele, pode manifestar em outros órgãos.

Como afeta a vida do paciente?
A doença tem um grande efeito na qualidade de vida das pessoas que afetadas, principalmente em mulheres jovens. Apesar de ser uma doença rara, estima-se que no Brasil entre 20 mil a 30 mil pessoas pode ter essa doença.

Formas de esclerose sistêmica
Existem duas formas que a doença se manifesta:

  • Forma cutânea difusa, que tem um espessamento generalizado da pele. Essa forma é maior o risco de desenvolvimento de manifestações graves.
  • Forma cutânea limitada, onde o espessamento da pele é limitado às extremidades e a doença pode ser mais leve.

Manifestações e sintomas
Na fase inicial da doença, deve estar atento às manifestações mais frequentes, como por exemplo, o fenômeno de Raynaud, que se manifesta através da alteração da cor nas extremidades, principalmente nas mãos e pés, que acontece geralmente depois da exposição ao frio ou em situações de stress emocional.

As mãos ficam brancas ou às vezes cianóticas (azuladas) e em última fase, vermelhas. O fenômeno de Raynaud afeta cerca de 95% dos pacientes com esclerose sistêmica, porém pode afetar pessoas saudáveis e com outras doenças. É importante investigar e ao primeiro sinal do sintoma procurar um médico.

Outras manifestações para quem tem esclerose sistema é o espessamento da pele que é característico da doença. No início da doença, a pessoa pode perceber a pele mais grossa, brilhante e escura do que o normal e aspecto de mais esticada em alguns casos.

Dor articular (artralgia) ou artrite (inflamação, vermelhidão, dor e calor na articulação), também são frequentes.

Diagnóstico
O exame para o diagnóstico precoce da esclerose sistêmica tem a pesquisa de autoanticorpos específicos e a capilaroscopia periungueal. O exame que avalia de forma invasiva os vasos sanguíneos da região ao redor das unhas (microcirculação). Os exames poder descobrir alterações na estrutura dos vasos capilares nas fases iniciais da doença, possibilitando um diagnóstico precoce.

Tratamento
Por ser uma doença crônica e sem cura, existem vários medicamentos e medidas terapêuticas que podem ser usadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas e evitar o aumento da doença.

Entre essas medidas, destacam-se o uso de vasodilatadores, imunossupressores e antifibróticos.

Estão sendo feitos diversos ensaios clínicos e estudos procurando novas drogas e alvos terapêuticos para o tratamento da doença.

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