
Mesmo internado para a realização de uma cirurgia, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializou a indicação de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), como pré-candidato à eleição presidencial em 2026.
A confirmação veio por meio de uma carta escrita à mão, divulgada pelos filhos do ex-presidente nesta quinta-feira (25) e lida por Flávio na frente do Hospital DF Star, em Brasília.
A decisão na carta
No documento lido por Flávio Bolsonaro a jornalistas, Jair Bolsonaro justifica a escolha como uma forma de manter sua representatividade política diante do cenário de “injustiça” e para evitar que a “vontade popular seja silenciada”.
“Entrego o que há de mais importante em vida de um pai: o próprio filho, para manter viva a chama do nosso Brasil”, escreveu o ex-presidente, classificando a decisão como “consciente” e “legítima”.
Pesquisa eleitoral
No início de dezembro, a pesquisa Quaest divulgou a primeira pesquisa de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2026 sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o levantamento, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 46% das intenções de voto, contra 36% de Flávio Bolsonaro, em um cenário hipotético de segundo turno.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Internação e cirurgia
Jair Bolsonaro está no Hospital DF Star, em Brasília, onde deve ser submetido nesta manhã a uma cirurgia para reparação de duas hérnias inguinais.
O procedimento, com duração estimada de três a quatro horas, ocorre apenas um dia após o político deixar a carceragem da Polícia Federal, onde está detido desde o dia 22 de novembro.
De acordo com a equipe médica, o ex-presidente passou por exames cardiológicos e avaliações de risco na quarta-feira (24) e foi considerado apto para operar.
Segurança e vigilância
A estadia no hospital ocorre sob rígido esquema de segurança.
Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente é monitorado 24 horas por dia por dois agentes da Polícia Federal dentro do quarto, além de equipes posicionadas nas áreas internas e externas da unidade de saúde.





