Nesta sexta-feira (13), o grupo extremista libanês Hizbullah ameaçou entrar na guerra ao lado do Hamas palestino contra Israel. O número 2 da entidade, xeque Naim Qassem, declarou que estão preparados e prontos para enfrentar o conflito. Essa retórica agressiva acompanhou as ações militares de Israel, que deu um ultimato a cerca de 1,1 milhão de moradores de Gaza para deixarem a capital e regiões ao norte, indicando uma possível invasão terrestre iminente.
Em resposta às ameaças do Hizbullah, Israel decidiu bombardear os arredores de cidades fronteiriças no sul do Líbano após uma explosão em uma cerca de segurança entre os dois países. O caso foi investigado pelas autoridades israelenses como uma tentativa de invasão ao Estado Judeu pelo norte. As Forças de Defesa de Israel (IDF) responderam à agressão com disparos de artilharia.
O sul do Líbano é a área de atuação do Hizbullah, grupo considerado terrorista por Israel e que declarou seu apoio ao Hamas. Fontes libanesas confirmaram que o bombardeio israelense ocorreu após uma tentativa de infiltração em Israel.
Em retaliação aos bombardeios israelenses, o Hizbullah atacou quatro locais em Israel. Uma equipe da CNN na região testemunhou parte desses ataques. O grupo libanês assumiu a responsabilidade pelos ataques em comunicado, mencionando que utilizaram “armas diretas e apropriadas” e conseguiram atingir os alvos de forma precisa.
ESCALADA NO CONFLITO
À medida que Israel responde aos ataques do Hizbullah e a tensão aumenta na região, surge uma preocupação adicional com o envolvimento de outros atores regionais. O Irã, aliado do Hizbullah, tem apoiado financeiramente o grupo libanês, assim como o Hamas, a Jihad Islâmica e outros grupos anti-Israel. Esses grupos contam também com o apoio da Síria, aliada do Irã, e da Rússia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já manifestou duras críticas ao envolvimento dos Estados Unidos na região, questionando se o país pretendia atacar o Líbano. Além disso, a Rússia condenou a ação israelense em Gaza, aumentando ainda mais o tom do conflito.
No contexto atual, os Estados Unidos e o Reino Unido enviaram reforços militares para a região na tentativa de dissuadir outros rivais de Israel e evitar um possível alargamento do conflito. Os aliados visam principalmente o Irã, que sempre esteve envolvido em apoio a grupos que lutam contra o Estado judeu.
INIMIGO DECLARADO
O Hizbullah já esteve envolvido em um grande conflito com Israel em 2006, que resultou em um impasse. Desde então, o grupo se fortaleceu, tornando-se uma das forças irregulares mais capazes do Oriente Médio, com um grande número de soldados e um arsenal significativo de foguetes e mísseis. Se o Hizbullah entrar na guerra agora, isso representará um desafio sério para Israel.
O cenário complexo, com alianças e rivalidades entre diferentes atores, aumenta o risco de uma escalada ainda maior do conflito. A comunidade internacional acompanha atentamente os acontecimentos e faz esforços para conter a violência e buscar uma solução diplomática para a situação.
Enquanto as tensões entre Israel e o Hizbullah continuam a crescer, a situação permanece volátil e incerta. A preocupação com a escalada do conflito e seus impactos na região mantém os olhos do mundo voltados para o Oriente Médio.