A Juíza eleitoral Márcia Santos Capanema de Souza, da 23ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro determinou neste domingo (28), a cassação do Deputado Federal e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (REPUBLICANOS-RJ) e a aplicação de multa de R$ 433.290 para o parlamentar.
Crivella teve como acusação definida pela Justiça Eleitoral, os crimes de prática de abuso de poder de autoridade e conduta vedada a agente público em campanhas eleitorais, pela responsabilidade de monitorar e impedir jornalistas de produzirem reportagens sobre a saúde do município do Rio quando era prefeito.
Além da cassação, Márcia definiu que Crivella ficará inelegível por oito anos, pena contada desde as eleições de 2020. A decisão é resultado de ação ajuizada pela coligação “É a vez do povo!”, em junção dos partidos PT e PCdoB.
Por conta da determinação estabelecida pela juíza após a confirmação da prática, Crivella é obrigado a deixar seu cargo como deputado.
A coligação dos partidos afirma que o ex-prefeito usava servidores públicos – conhecidos como “Guardiões do Crivella – para barrar as informações da saúde municipal.
Crivella já havia sido preso em dezembro de 2020, acusado chefiar uma organização criminosa junto ao empresário Rafael Alves, que cuidava dos contratos públicos na época, esquema que ficou conhecido como “QG da Propina”.
A defesa do deputado informou ao jornal O Globo que irá recorrer da sentença definida pela juíza. A inelegibilidade também é aplicada a sua vice, Andréa Firmo.
