O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (23) da inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS em Hortolândia. A unidade, equipada com tecnologia de ponta, visa produzir e comercializar no Brasil e no exterior as moléculas de liraglutida e semaglutida, utilizadas no tratamento de obesidade e diabetes.
Esses medicamentos, conhecidos como peptídeos análogos de GLP-1, oferecem vantagens como menor incidência de efeitos colaterais e redução de custos para os pacientes. O investimento total na fábrica foi de R$ 70 milhões, sendo R$ 48 milhões provenientes de financiamento do BNDES. A expectativa é que a nova unidade gere 150 empregos diretos e cerca de mil indiretos.
A iniciativa reforça o compromisso do Governo Federal com o fortalecimento do CEIS (Complexo Econômico-Industrial da Saúde), um setor estratégico no processo de reindustrialização do país. O CEIS tem como objetivo expandir a produção nacional de itens essenciais para o SUS (Sistema Único de Saúde) e reduzir a dependência de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde importados. Além disso, o CEIS está alinhado com uma proposta de industrialização focada na inclusão social e sustentabilidade ambiental.
No âmbito das políticas de saúde, o diabetes foi identificado como prioridade no CEIS. A entrada da EMS no mercado público foi impulsionada por programas do Governo Federal, incluindo o PDP (Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo) do Ministério da Saúde. Até o momento, dez PDPs já forneceram ou estão fornecendo medicamentos para o SUS, incluindo tratamentos para câncer, esquizofrenia, imunossupressores e doenças raras como a esclerose múltipla.
A cerimônia de inauguração ocorreu no complexo industrial da EMS, onde já funcionam outras unidades, como as fábricas de medicamentos sólidos, líquidos, semissólidos e embalagens de sólidos, além do P&D/ 9Centro de Pesquisa e Desenvolvimento).
Recentemente, em 14 de agosto, o presidente Lula anunciou novos investimentos de R$ 42,7 bilhões para o CEIS, como parte do P+P (Plano Mais Produção), coordenado pelo BNDES. Durante o evento, o BNDES aprovou R$ 1,39 bilhão em financiamentos para planos de pesquisa, desenvolvimento e inovação da indústria farmacêutica nacional, beneficiando empresas como a EMS, Aché e Eurofarma.