A Polícia Federal (PF) concluiu a Operação Mamon, realizada em conjunto com a Operação Ágata Fronteira Oeste II do Exército Brasileiro, com combate a crimes ambientais de extração ilegal de ouro nas terras indígenas “Sararé”, que fica entre as cidades Pontes e Lacerdo, no Mato Grosso. Os prejuízos estimados para a organização criminosa com a destruição dos equipamentos são de R$ 20 milhões.
A ação durou três dias de incursões pela floresta com a finalidade de promover a desintrusão dos garimpeiros que atuam na região de forma ilegal, bem como inutilizar maquinários e destruir utensílios utilizados na atividade criminosa. Foram utilizadas aeronaves para o acompanhamento e proteção das equipes que atuaram em solo. Durante as buscas aéreas foram localizados maquinários e petrechos utilizados pelos criminosos, muitos dos quais estavam escondidos nas matas.
Nessa etapa dos trabalhos de repressão e fiscalização no interior de “Sararé”, foram inutilizadas 17 pás carregadeiras e 17 motores de dragagem, além de terem sido localizadas diversas estruturas de madeira usadas pelos garimpeiros como bases. A medida foi necessária, diante das circunstâncias, para evitar o uso e aproveitamento indevido desses bens, encontrados em toda a extensão da área protegida, cuja remoção mostrou-se inviável.
Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, em propriedades rurais que fazem limite com as terras indígenas, para a apuração de indícios de que sejam utilizadas como base para os criminosos e acesso ilegal ao território indígena, tanto de pessoas quanto dos maquinários.
A Operação Mamon, contou também com a participação do IBAMA, FUNAI, Força Nacional e do Centro Integrado de Operações Aéreas de Mato Grosso – CIOPAer/MT, em todo planejamento e execução do trabalho.
A articulação e integração entre as instituições que possibilitam a otimização dos meios e do capital humano empregados, com economia dos recursos públicos envolvidos.
As investigações continuam daqui para frente para análise dos elementos colhidos durante as buscas com a finalidade de identificar os financiadores dessa atividade ilegal, além de descapitalizar as organizações criminosas que, ao atuarem com impactos sobre “Sararé”, causam danos ambientais irreversíveis.