
O PIB (Produto Interno Bruto) do país registrou um crescimento de 3,4%, totalizando R$ 11,7 trilhões. A variação positiva foi de 0,2% em relação a 2023, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (7). Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos pelos preços que chegam ao consumidor, levando em consideração os impostos.
O PIB reflete o crescimento de uma economia. Em 2024, os setores que tiveram maior destaque foram os de serviços e indústria, que cresceram 3,7% e 3,3%, respectivamente, em relação a 2023, o que resulta diretamente no aumento do consumo da população.
“A alta do PIB de 2024 foi impulsionada, em grande parte, pelo aumento do consumo das famílias. Isso é fruto da distribuição de renda promovida pelo governo, por meio de planos de incentivo tanto para a indústria quanto para as famílias”, comenta o economista Marcus Labarthe.
A Despesa de Consumo das Famílias registrou a maior alta em 5 anos, atingindo 4,8%. Entretanto, o economista ressalta que esses bens de consumo são majoritariamente alimentos, produtos farmacêuticos e outros itens necessários à sobrevivência, e não bens duráveis ou investimentos a longo prazo.
A alta dos alimentos é visível no PIB, com o Agronegócio apresentando uma queda de 3,2%. Efeitos climáticos impactaram a lavoura, com uma redução na estimativa anual de produção e perda de produtividade, destacando-se a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).
Para o economista, o setor agropecuário tem grandes chances de recuperação este ano, embora seja um setor muito sazonal, dependendo das condições climáticas para a produção.
É importante ressaltar que o câmbio, que envolve a troca de moedas de diferentes países, também teve influência nos processos econômicos. A variação de moedas, como o dólar, impacta diretamente na importação e exportação de produtos.