quinta-feira, 23 janeiro 2025

Diretor da Câmara aponta homofobia por parte de secretário adjunto de Nova Odessa

Vereador apresenta moção de repúdio contra secretário adjunto acusado de declarações discriminatórias
Por
Andressa Oliveira
Foto: Reprodução/Tv Todo Dia

Uma denúncia de homofobia envolvendo o secretário adjunto de Governo de Nova Odessa, Moisés Lima, e o diretor geral da Câmara e Vereadores, Lucas Camargo, tem gerado intensa repercussão entre autoridades, moradores e entidades.

O vereador Paulo Porto (PSD), primeiro parlamentar assumidamente homossexual da cidade, apresentou uma moção de repúdio contra Lima, acusado de fazer declarações discriminatórias durante uma reunião oficial com lideranças religiosas.

Segundo Paulo, o secretário teria destacado, de forma pejorativa, a orientação sexual de Lucas, solicitando orações pelo fato de um homossexual ocupar o cargo de diretor geral da Câmara. A moção será votada no dia 3 de fevereiro. “Atitudes como essa não podem ser aceitas no Poder Público”, afirmou o vereador.

Repercussões oficiais e medidas jurídicas

A Prefeitura de Nova Odessa, em nota oficial, afirmou que não compactua com atos de intolerância ou preconceito. O prefeito Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD), destacou que sua gestão é marcada pela inclusão e pediu que Moisés Lima esclareça diretamente sua fala com Lucas Camargo.

O advogado de Lucas Camargo, Fábio Martins, confirmou que um boletim de ocorrência já foi registrado e que o diretor pretende processar o secretário por danos morais.

“Esse caso não pode passar despercebido. Hoje foi contra um homossexual, amanhã pode ser contra outros grupos minoritários”, declarou Martins.

Declaração do acusado 

Moisés Lima negou as acusações e afirmou ser vítima de distorções e politicagem. “Quem me conhece sabe da minha índole e do meu caráter. Não sou homofóbico, nem racista. Na reunião, oramos pela cidade, pelos secretários e pela Câmara. Isso não foi homofobia, mas está sendo usado com fins políticos”, disse o secretário adjunto.

Posicionamento da OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se posicionou sobre o caso, ressaltando que a prática de homofobia, além de ser crime, fere os valores democráticos e os direitos constitucionais de igualdade e liberdade.

O caso segue em investigação, com a expectativa de novas manifestações das partes envolvidas e das autoridades competentes.

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