Na manhã desta quarta-feira (23) foi realizado o primeiro pouso em área não explorada da Lua pelo governo Indiano.
Chandrayaan-3 é a nova tentativa do governo Indiano de realizar pesquisas em solo lunar, depois da primeira viagem em 2008, onde foi detectado água e da segunda missão em 2019, onde o módulo lunar explodiu ao pousar.
Foi divulgado que o módulo teve um pouso suave o que é considerado uma boa notícia tendo em vista que, a superfície lunar contém grandes crateras e encostas íngremes e temperaturas extremamente baixas entorno de -203°C o que torna difícil a operação de equipamentos.
É bom notar que temperaturas como essa só são possíveis de reproduzir na Terra para o teste de equipamentos como este módulo dentro de laboratórios específicos como o da Universidade de Kyoto, no Japão, que em 2022 conseguiu a temperatura mais baixa já registrada no universo, -273°C. A Antarctica o ponto mais gelado da Terra teve sua temperatura mais baixa registrada na casa dos -89,2°C.
Em tentativa de obter menores custos possíveis nesta missão após o fiasco de 2019 onde US$140 milhões foram gastos, a Chandrayaan-3 usa a atração gravitacional da Lua para levar a nave à órbita lunar e também não inclui um novo orbitador, uma espécie de satélite usado para fornecer todas as comunicações entre o módulo de pouso, o rover e a sala de controle sendo usado o da Chandrayaan-2, que já está na órbita da Lua.
Com esses cortes a missão custou pouco mais de US$ 80 milhões valor muito próximo da primeira expedição em 2008, que custou US$79 milhões.
A missão vem com objetivo de estudar a superfície das partes polares da Lua para respostas sobre a formação do Sistema Solar e conhecimento da formação do Planeta assim como suas reservas e a possibilidades de corpos d’água congelados.