
Nesta quarta-feira (05), o Meta, conjunto de redes sociais de Mark Zuckerberg que envolvem o Facebook, Instagram e WhatsApp, decidiu inovar e lançar uma nova rede social, o “Threads”. A rede social vem para rivalizar com outra grande potência do mercado das mídias digitais, atuante na área desde 2006: o Twitter.
A rede vinculada ao Instagram, tem a mesma ideia do Twitter, de ser uma espécie de “blog”, com posts rápidos, curtos e com interações por meio de repostagens. Em menos de duas horas da sua liberação, Mark Zuckerberg já havia anunciado em um post na nova rede que o Threads já havia batido seu segundo milhão.
O Threads foi a rede mais rápida a conseguir bater recordes milionários de usuários. Em comparação com outras redes da meta, o Instagram havia demorado 2,5 meses, o Facebook demorou 10 meses para atingir o feito. Em sete horas, foram batidos mais de 10 milhões de usuários no Threads.
Foram 2 anos para que o Twitter atingisse seu primeiro milhão. A rede que tem 17 anos, hoje tem cerca 200 milhões de usuários em todo o mundo – no Brasil, esse número circula entre 24 milhões.
O que os usuários querem?
Para entender mais o desejo dos usuários, o TODODIA buscou duas perspectivas com os famosos “tuiteiros” – apelido dos usuários do Twitter: os usuários que se renderam aos threads e aqueles que se recusam as tentações da rede rival.
João Vitor Moraes, no Twitter há 11 anos, foi um dos primeiros a criar uma conta no Threads no seu círculo de amigos, para ele que tem o Twitter como uma de suas redes sociais favoritas, foi interessante a ideia de uma rede provisória que possuí o mesmo objetivo, mas que não realizaria uma troca definitiva no momento.
“Eu ainda tenho um apego emocional muito grande no Twitter, já fiz muitas amizades, já acompanhei muitos “momentos” memoráveis de artistas que eu amo por lá, muito desabafos rs”, disse João, ressaltando que a troca definitiva depende apenas “se o Twitter em si criar uma condição não favorável para os usuários”, forçando, portanto, esse deslocamento.
Para ele, a estética do site, que busca mesclar Instagram e Twitter, ainda é visualmente um pouco confusa, “para quem faz uso de ambas, acaba ficando um pouco difícil de se localizar de primeira mão, mas por outro lado, a proposta é interessante”, complementou.
Em uma outra perspectiva, a rede do passarinho azul traz aqueles usuários que não abrem mão dos seus “tweets” diários. Thaís Guimarães, que desde 2011 utiliza a rede, afirmou com todas as palavras, “eu me recuso a ter o Threads”.
Para Thaís – que usa um nome anônimo em seu user – a rede para ela é um local de privacidade e esse vínculo tira essa sensação dela, por ter exposto a todos nome, foto e ser de fácil acesso ao encontro dos seguidores de uma rede na outra.
“No meu Twitter, eu posso falar o que eu estou sentindo sem necessidade de passar alguma impressão de produtividade ou de perfeccionismo. Nessa parte, eu me refiro ao Thread estar associado ao Instagram, com seguidores e pessoas de lá”, disse a usuária do Twitter. Para ela, caso haja um desvinculo com o Instagram e seja possível essa privacidade, ela poderia dar uma chance. “Mas o Thread seria o amante e o Twitter o oficial”, brinca.
Mesmo com as mudanças e as diversas polêmicas causadas pelo Elon Musk desde a compra da rede social, ambos seguem considerando o Twitter sua rede social favorita. “Há sempre uma “instabilidade” por conta da nova gestão, todo mês parece que surge algo que ameaça o bom funcionamento da rede social, e não é nem pela concorrência, mas sim pelas próprias ideias do dono”, diz João. Para Thaís, essas mudanças de Musk também a desanimam durante a experiência na rede.
A rede segue ativa e atingindo o público, segundo Mark Zuckerberg, o objetivo da rede é bater bilhões de usuários. O aplicativo está disponível para download gratuito na Apple App Store e na Google Play.