Símbolo da vacinação infantil, o Zé Gotinha, que marcava as campanhas de vacinação por ser uma referência à vacina em gotas contra a poliomielite (paralisia infantil), pode estar com os seus dias contados. Isto porque de acordo com o Ministério da Saúde, as gotas de vacina oral contra a poliomielite serão substituídas por uma dose de vacina injetável até o dia 4 de novembro.
Atualmente, a VIP (forma injetável), já é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida do bebê, conforme o Calendário Nacional de Vacinação e somente aos 15 meses e aos 4 anos havia o reforço com as gotinhas. Agora, aos 15 meses, será aplicada a vacina injetável. E não será preciso mais a dose aos 4 anos.
O esquema vacinal contra a poliomielite ficará assim:
– 2 meses – 1ª dose injetável (como já ocorre hoje)
– 4 meses – 2ª dose injetável (como já ocorre hoje)
– 6 meses – 3ª dose injetável (como já ocorre hoje)
– 15 meses – dose de reforço injetável (no lugar das gotinhas)
A diferença entre a vacina contra a poliomielite injetável e a gotinha é que a injetável – tem as seguintes características:
- Vacina inativada, ativa a produção de anticorpos apenas com partículas do vírus, sem que ele esteja vivoJá estava no calendário vacinal para crianças menores de um ano;
- Precisa de menos doses
- É um avanço na eficiência do controle da poliomielite por não ser uma vacina viva atenuada
- É indicada também para as crianças imunocomprometidas.
Já a vacina em gotas – vacina oral poliomielite (VOP) possui as propriedades abaixo: - Vacina que contém vírus vivo atenuado
- Contraindicada para crianças imunocomprometidas
- Teve papel fundamental no controle da pólio no país, mas agora, à luz de novas recomendações e necessidades de avanços passa a ser suspensa.
Sobre a vacina
A vacina contra a poliomielite protege de uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode afetar o sistema nervoso e levar a sequela permanente de paralisia. Desde 1989, não há notificação de caso de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais contra a doença sofreram quedas sucessivas nos últimos anos. Em todo o Brasil, a cobertura ficou em 77,19% no ano passado, longe da meta de 95%.