quarta-feira, 16 julho 2025

15 candidatos disputam eleição pela primeira vez

Dos 82 candidatos para deputado estadual e federal na RMC (Região Metropolitana de Campinas), apenas 15 estão concorrendo a um cargo público eletivo pela primeira vez na vida, o que representa 18% do total. O levantamento foi feito pelo TODODIA com base nos dados disponíveis no DivulgaCand, sistema de divulgação de registro de candidaturas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A região conta com 43 candidatos para deputado estadual e 39 para federal. Americana é a cidade com mais “caras novas” na eleição, sete no total. Entre os novatos, aparecem o empresário e presidente licenciado da LBF (Liga de Basquete Feminino) Ricardo Molina (PRB), e o ativista da causa animal Gilberto Boby Boby (PRP), ambos concorrendo ao cargo federal.
Entretanto, apesar de nunca terem sidos eleitos, alguns dos candidatos não são totalmente estranhos à vida pública. É o caso do jornalista Rafael Brocchi (DC), que atuou como assessor de imprensa da Coden (Companhia de Desenvolvimento de Nova Odessa) e mais recentemente trabalhou como gerente da Acino (Associação Comercial e Industrial de Nova Odessa); ele também disputa como federal.
Além dos 15 estreantes, seis candidatos já disputaram algum cargo anteriormente, mas não conseguiram se eleger. A maioria dos candidatos, 61, já ocupou algum cargo político, ou seja, 74% do total.
Na visão do cientista político e professor de teoria política e política brasileira na Unesp (Universidade Estadual Paulista), Jefferson Oliveira Goulart, apesar de nomes novos no pleito, ainda não é possível falar em “renovação” política. “Renovação de fato é só quando tivermos a consumação dos resultados eleitorais. Por enquanto não dá pra usar essa expressão como uma tendência. (…) Paulo Skaf (MDB), por exemplo. Não é a primeira vez que disputa, mas tem uma intensa vida pública e não é exatamente um outsider, ainda que ele não tenha na biografia o cargo eletivo anterior”, analisou.
O especialista aponta que o baixo índice de novos concorrentes vai na direção oposta do que era esperado nos últimos anos. “É uma sinalização que de fato o que se esperava, se bradava até em torno de renovação, pode ser inferior ao que se imaginava por conta de todo o desgaste que os políticos passaram”, ponderou Goulart.
“Postular candidatura numa eleição como essa requer requisitos muito seletivos. Como temos um conjunto de regras bastante restritivo, o espaço de contato com o público, tempo de televisão, recursos financeiros mais escassos, esse conjunto acaba favorecendo aqueles que já detém posição privilegiada no sistema, ou já exercem mandato, ou estão vinculados a cargo como de vereador, prefeito. (…) Por último, mas não menos importante, temos o fato da legislação ter proibido a captação de recursos privados. Torna a dependência dos candidatos aos partidos ainda maior”, afirmou o cientista político.
SENADORA
Por Campinas, Silvia Ferraro (PSOL) concorrerá para um cargo no senado. É a primeira vez que ela disputará essa posição.
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