Cerca de 24,3 mil moradores da região de Campinas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nos últimos meses, e já poderiam ter recebido a dose de reforço, não compareceram aos pontos de vacinação para a segunda aplicação.
Com isso, esse grupo não está completamente imunizado e deve procurar o sistema de saúde de seu município o quanto antes.
O governo do estado de São Paulo emitiu na última sexta-feira (7) um alerta em relação aos “faltosos” em todas as regiões.
São 400 mil pessoas que deixaram de receber a segunda aplicação, mesmo após o prazo estipulado e indicado nos cartões de vacinação.
O DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, que abrange 42 cidades – entre elas Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré – tem o terceiro pior índice do estado, ficando atrás apenas de Sorocaba (30 mil ausentes) e a Baixada Santista (26 mil ausentes).
De acordo com o balanço divulgado pelo Estado, na região de Campinas, deixaram de comparecer para a segunda dose 5,5 mil pessoas vacinadas com a 1ª dose da vacina de Oxford/AstraZeneca e 18,7 mil pessoas imunizadas com a primeira dose da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan.
Conforme dados do “Vacinômetro” do PEI (Plano Estadual de Imunização), até esta sexta-feira, a Região de Campinas somava 1,2 milhão de doses aplicadas, sendo 775 de primeira dose e 435 mil de segunda.
Em nota emitida nesta sexta, o governo do estado afirmou que “os quantitativos de primeira e segunda dose são idênticos, realizados em duas entregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas” e que “as grades de vacinas são enviadas com base no cronograma do PEI e com todas as orientações técnicas para uso dos imunizantes, em conformidade com o intervalo de tempo de aplicação entre doses”.
PRAZOS
As duas vacinas têm prazos diferentes para aplicação da segunda dose e essa data é informada aos pacientes no cartão de vacinação. Para quem tomou a CoronaVac, o prazo recomendado é até 28 dias para a segunda dose, e para quem tomou a de Oxford, o prazo é de até 12 semanas.
Mesmo com essas datas “vencidas”, a recomendação do Estado e dos fabricantes é para que a população busque a segunda dose para completar o esquema vacinal, ainda que com atraso. Sem a segunda dose, a eficácia da vacina não é garantida.
