A Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) apresentou uma pesquisa inédita de Sondagem Industrial de fevereiro, realizada com as empresas associadas, abordando a transição para o uso de fontes de energia mais sustentáveis (limpas) nesta terça-feira (27). O estudo detalha que 47% das indústrias estão desenvolvendo projetos de transição para o uso de energias mais sustentáveis. A utilização desse tipo de energia já é feita por 13% das respondentes.
A pesquisa realizada pelo Ciesp-Campinas também aponta que 86% da indústria regional utiliza energia elétrica convencional e 7% já utiliza energia solar fotovoltaica. As empresas que afirmaram ainda não ter avaliação sobre o tema somam 33% e apenas 7% afirmou não ter intenção na sua utilização. O diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, afirmou que a transição das indústrias para energias renováveis mostra também a preocupação delas com a autonomia energética. “Isso está relacionado com a busca por sustentabilidade, através de energia limpa. Outro aspecto é que essas empresas podem até ganhar algum dividendo, vendendo futuramente a sua energia excedente”, disse.
Em relação aos tópicos da Pesquisa de Sondagem Industrial, Corrêa afirmou que os principais indicadores da Sondagem Industrial apontam que a queda do volume de produção e da capacidade produtiva mostram “suave declínio da atividade econômica”. O diretor explicou, que em relação aos indicadores empregabilidade e investimento, as empresas declararam que o quadro está estável, “porém avaliamos que com queda de produção e capacidade produtiva sentimos uma tendência de queda da atividade econômica e isso impactará nos próximos meses”.
Com relação aos investimentos das indústrias na ampliação da capacidade produtiva para os próximos 12 meses, 40% das associadas afirmaram que irão atualizar o maquinário já existente e 13% vão ampliar o número de máquinas. Já 47% disseram que não irão investir.
Balança comercial regional
O primeiro vice-diretor do Ciesp-Campinas, Valmir Caldana, comentou os números da Balança Comercial Regional. No acumulado do ano de 2023, as exportações foram de US$ 3,641 bilhões, 1,2% menor que em 2022. Já as importações de 2023 foram de US$ 11,202 bilhões, 21,4% menor que em 2022. No acumulado do ano passado, a corrente de comércio exterior (soma das importações e exportações) chegou a US$ 14,843 bilhões, 17,2% menor que em 2022.
No ano de 2023, os principais municípios exportadores foram: Campinas (31%), Paulínia (24%), Sumaré (11,2%), Mogi Guaçu (8,8%) e Valinhos (5,3%). Já os principais importadores em 2023 foram: Paulínia (36%), Campinas (30%), Jaguariúna (8,2%), Sumaré (8%) e Hortolândia (7,9%).
Balança de janeiro de 2024
Em janeiro de 2024, o valor exportado foi de US$ 307,5 milhões – 2,7% menor que em janeiro de 2023. Já as importações no mesmo mês foram de US$ 958,1 milhões – 1,9% menor do que em janeiro do ano passado. O saldo em janeiro de 2024 foi negativo em US$ 650,6 milhões – 1,5% menor que o registrado em janeiro de 2023.
A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em janeiro de 2024 foi de US$ 1,265 bilhão – 2,1% menor que em janeiro de 2023. No primeiro mês deste ano, os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Campinas (27,5%), Paulínia (22,8%), Sumaré (15,1%), Mogi Guaçu (8,7%) e Conchal (5,1%).
Já os municípios que mais importaram foram: Campinas (38,7%), Paulínia (27,6%), Jaguariúna (8,7%), Hortolândia (8%) e Sumaré (7,7%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.
Sobre o Ciesp-Campinas
O Ciesp-Campinas conta com 590 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 53 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.954 colaboradores