O suspeito de ter pichado frases com ameaças e símbolos nazistas nas paredes e computadores do IEL (Instituto de Estudos da Linguagem), IG (Instituto de Geociência), BC (Biblioteca Central) e IFGW (Instituto de Física Gleb Wataghin) é ex-aluno da Unicamp.
Nascido em 1988, ele ingressou em três cursos da Universidade (Estatística; Matemática Aplicada e Computacional e Engenharia da Computação), mas não concluiu nenhum. Durante o período em que esteve ligado à instituição, ele não solicitou auxílio de bolsas e nem recorreu ao serviço de apoio psicológico e psiquiátrico colocado à disposição dos estudantes.
As informações foram fornecidas na tarde desta sexta-feira pelo reitor Marcelo Knobel durante entrevista coletiva de imprensa. O dirigente voltou a classificar o episódio de “lamentável e inaceitável” e comunicou que a Unicamp reforçou a segurança no campus e intensificou a divulgação do uso do aplicativo “Botão do Pânico”, por meio do qual alunos, docentes e funcionários podem acionar o setor de vigilância em casos de emergência.
Segundo o reitor, a Universidade abriu sindicância interna para apurar o caso. “Nós conseguimos dar uma resposta rápida nesse episódio. Primeiro, repudiamos imediatamente o ato e em seguida identificamos imagens da ação do suspeito, que enviamos à Polícia Civil. Nosso propósito tem sido garantir que a nossa comunidade tenha tranquilidade para desempenhar as suas atividades”, assegurou.
Knobel disse, ainda, que a Unicamp dispõe de mecanismos para o acolhimento de vários tipos de denúncia, inclusive as relativas à manifestação de racismo e intolerância.
O reitor evitou fornecer informações pessoais sobre o suspeito, explicando que esse tipo de decisão cabe à Polícia. Knobel afirmou não ter ideia das motivações do pichador, mas afirmou que independentemente das razões do autor, as manifestações não condizem com o ambiente acadêmico e nem com o estado democrático de direito.
O acusado foi conduzido ao 7º Distrito Policial para prestar esclarecimentos.