Diante da proposta de tarifa de R$ 5,40 apresentada na manhã desta terça pela Sancetur na licitação do transporte público municipal, a Prefeitura de Americana emitiu nota no início da noite afirmando que o prefeito Chico Sardelli (PV) “se recusa a assinar o contrato pelo preço estipulado” e que irá tratar sobre a proposta com a empresa.
Operando o transporte público de Americana de maneira emergencial desde setembro de 2018, a Sancetur apresentou proposta de tarifa no valor de R$ 5,40 na nova concessão do transporte público da cidade. O valor limite que poderia ser apresentado era de R$ 5,65. A empresa foi a única a participar do processo licitatório, já teve a documentação aprovada em janeiro e teve sua proposta comercial aberta nesta terça-feira (2).
Com o novo valor, a tarifa do transporte público de Americana, hoje em R$ 4,70, teria aumento de 14,8%. A nova tarifa de Americana passaria a ser a mais cara da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e superior ao preço da passagem de cidades como Piracicaba, São Paulo e Limeira.
Em nota, a Prefeitura de Americana afirma que a concorrência do transporte público da cidade se arrasta há anos e “é preciso que, diante de todo o quadro econômico que o país atravessa, haja sensibilidade e se busque um entendimento entre empresa e poder público”.
Mais cedo, em entrevista ao TODODIA, o secretário adjunto de trânsito de Americana, Pedro Peol disse que o contrato a ser firmado não é o ideal por conta do valor. “Na minha opinião, queria que fosse melhor, não esse valor que aumentou 70 centavos, mas como a proposta veio do passado que podiam até R$ 5,65, colocaram R$ 5,40, tivemos que acatar, mas não é o que a gente queria”, disse.
O contrato emergencial da Sancetur com a prefeitura tem validade até março, que é quando, se a licitação fosse homologada, a nova concessão e o novo valor passariam a valer.
