Em fevereiro de 2017, havia oito áreas públicas adotadas pela iniciativa privada em Americana. Atualmente, são mais de 50 locais públicos que recebem manutenção e atrações em virtude dessas parcerias com empresas e também com a própria população. Os dados foram divulgados ao TODODIA pelo secretário de Meio Ambiente de Americana, Odair Dias, que afirma ainda que há a intenção de realizar algo similar com os espaços esportivos do município.
Os maiores exemplos de espaços abraçados pela própria comunidade são a “Praça Tio Gága”, no Jardim Glória, e o Parquinho Vó Palmira, na Praça Sérgio Miante, no São Vito. Ambos estavam abandonados e foram recuperados pelos próprios moradores do bairro.
No caso do “Tio Gága”, o espaço começou a ser revitalizado em 2015, através de iniciativas de dois moradores. Diversos brinquedos foram instalados, além de bebedouros e bancos.
VÓ PALMIRA
O Parquinho Vó Palmira foi uma iniciativa do grupo Laço Social, formado por moradores da cidade, que se inspiraram no “Tio Gága”. Hoje o local é ponto de encontro dos vizinhos, além de oferecer diversos brinquedos para as crianças.
Já nos exemplos que envolvem a iniciativa privada, um dos de maior sucesso foi a revitalização da Praça Alfredo Caetano Ribeiro, no Jardim Girassol, em maio do ano passado. O local foi adotado pelo Sindicond (Sindicato Patronal dos Condomínios) de Americana, que fez a reforma completa, instalou brinquedos, uma biblioteca social e acesso gratuito à internet.
Outros exemplos envolvendo empresários são a Unimed, que cuida da praça do Parque Ideal, e o São Lucas Saúde, responsável pela praça em frente à Escola Heitor Penteado. A adoção, no entanto, não se limita a praças. Existem áreas de pequeno e médio porte que podem receber a iniciativa, como canteiros.
CUMPLICIDADE“Ambas as iniciativas (popular e empresarial) são vistas com bons olhos. Quando falamos da iniciativa empresarial, automaticamente demonstra a cumplicidade que a empresa tem com o município, que está preocupada em valorizar o espaço no qual está atuando. Como contrapartida, o empresário tem o direito de explorar institucionalmente através de publicidade, onde pode fazer uma menção de sua empresa, comércio ou negócio”, explicou Dias.
“Quando eu cheguei ao Meio Ambiente (fevereiro de 2017), nós tínhamos oito espaços adotados. Hoje estamos com 50. Fomentamos esse projeto porque é uma das formas que temos utilizado para aproximar mais a população dos espaços públicos e fazer com que ela interaja”, afirmou o secretário.
ESPORTES DEVE SEGUIR MODELO
O secretário de Meio Ambiente, Odair Dias, informou que está em estudo um projeto similar para ser aplicado aos espaços esportivos da cidade. No momento, o tema ainda é discutido com o secretário de Esportes de Americana, Osvaldo Klein Neto, o Foca.
“Nós temos dezenas de espaços destinados a atividades físicas. Um exemplo é o Centro Cívico. A gente conta como um espaço, mas pode ser fragmentado. Uma empresa adota o tênis de mesa, outra adota o campo de futebol. O complexo é uma praça de esportes, mas ainda estamos estudando”, explicou Dias.
O modelo é visto, inclusive, como um fator de economia. “Na medida que deixamos de fazer a manutenção do espaço adotado, temos condições de fazer manutenção em outras áreas. Isso reduz o custo da máquina (pública)”, disse o secretário de Meio Ambiente.
