Americana e Limeira receberam um simulado de segurança para medir a capacidade de resposta em caso de rompimento da barragem Salto Grande, na Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Americana. A ação, realizada na manhã desta sexta-feira (13), foi promovida pela CPFL Renováveis, em parceria com as Defesas Civis dos respectivos municípios e do Estado de São Paulo, o Corpo de Bombeiros e outros órgãos. O objetivo foi testar os procedimentos de evacuação e conscientizar a população.
Realizado nas imediações da barragem, o treinamento incluiu os bairros Carioba, em Americana, e Novo México, em Limeira – áreas que seriam mais afetadas em caso de rompimento.
A atividade foi dividida em duas etapas: uma teórica e uma prática. Durante a fase teórica, os profissionais envolvidos detalharam os procedimentos de segurança, as diretrizes da operação e o papel de cada instituição na ação de emergência.
Após a preparação teórica, os participantes passaram para a fase prática. Durante o simulado, as oito sirenes de alerta foram acionadas. Moradores e trabalhadores das áreas afetadas precisaram interromper imediatamente suas atividades e seguir para os pontos de encontro mais próximos.
Os pontos de encontro são chamados de Zonas de Autossalvamento. “São regiões seguras para que a gente possa fazer o salvamento dessas pessoas”, explicou o gerente de Segurança de Barragem da CPFL, Arthur Mantese.
Além de orientar sobre a importância de evacuar rapidamente, o treinamento também ressaltou que os participantes devem levar apenas objetos pessoais essenciais e, sempre que possível, auxiliar pessoas com dificuldades de mobilidade.
As zonas de autossalvamento
A região próxima à Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Americana conta com 12 zonas de autossalvamento, localizadas em um raio de 10 quilômetros abaixo da barragem. Novas sirenes, que possuem 12 cornetas e são de tecnologia avançada, foram testadas durante o simulado e cumpriram a função de alertar a população.
De acordo com Mantese, a barragem Salto Grande é fiscalizada de forma contínua, com monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana. “Aqui estamos fazendo apenas um simulado”, destacou.
O treinamento durou cerca de 15 minutos, e a participação ativa da comunidade foi destacada, como no caso de Marcos Gomes, que trabalha na região e aprovou a ação. “Isso com certeza vai ajudar a ter uma base para saber como sair (em caso de emergência), salvar a própria vida, e ajudar os outros também”, disse.
Barragem considerada segura
Em 2019, a barragem da represa de Salto Grande teve sua classificação de risco revisada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Anteriormente considerada de alto risco para extravasamento, passou a ser classificada como de baixo risco, o que a enquadra na categoria tipo B.
