Segundo informações da empresa, a licença de instalação já foi obtida junto a CETESB
A UTGR Americana, empresa gestora do aterro sanitário de Americana, que recebe resíduos sólidos de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, comunicou que obteve da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, ainda no mês de dezembro de 2022, a Licença de Instalação do Centro de Triagem e Reciclagem (CTR) para a produção de Combustível Derivado de Resíduos (CDR). A licença é obrigatória para que possa ser dado início à construção do CTR.
Ainda de acordo com a empresa, as obras para a construção da unidade tiveram seu início logo após a obtenção da Licença de Instalação. No centro de triagem e reciclagem os resíduos serão separados de forma automatizada. A matéria orgânica será destinada para a usina de compostagem, já os materiais que tem a possibilidade de serem reciclados serão recuperados e os demais rejeitos serão transformados em combustível derivado de resíduos, que poderão ser utilizados em fornos de produção de cimento, por exemplo.
O CTR faz parte da solução integrada para a gestão de resíduos desenvolvida pela companhia, que conta com outras atividades como por exemplo, a usina de compostagem, além da usina de geração de energia elétrica a partir do biogás, ambas em fase de licenciamento ambiental junto a autarquia estadual ambiental, e o aterro sanitário, que encontra-se em operação.
Polêmica
Objeto de audiências públicas realizadas pela Câmara de Vereadores de Americana nos anos de 2021 e 2022, os vereadores cobravam da empresa o emprego de novas tecnologias que possibilitassem o reaproveitamento energético do lixo, que beneficiaria o meio ambiente e também a sociedade, diretamente. A UTGR Americana, atendendo aos anseios da população local e de seus representantes, então, planejou e submeteu à CETESB o projeto para avaliação e obtenção das licenças necessárias para a implantação do Centro de Triagem de Resíduos, da usina de compostagem e da usina de geração de energia elétrica a partir do biogás.
A usina de geração de energia elétrica utilizará como combustível o biogás gerado naturalmente pela decomposição da matéria orgânica presente nos resíduos do aterro sanitário e terá capacidade inicial de 2,4 MW, suficiente para abastecer mais de 9.500 residências.