Empreendedores americanenses tiveram alta de 132% no valor de financiamentos com a Desenvolve SP
Desde o início da pandemia até abril deste ano, a agência de fomento paulista, Desenvolve SP, já emprestou R$ 7,2 milhões a empresários americanenses. Um aumento de 132,2%, comparado ao período anterior a pandemia, quando o montante chegou a R$ 3,1 milhões. O aumento percentual de empréstimos a empreendedores de Americana é o triplo da média regional.
No início de 2018 até fevereiro de 2020, a agência havia negociado com 15 empresas da cidade, mas em meio à crise sanitária o número de contratos saltou para 40, registrando um crescimento de 166,6% nos financiamentos.
Em relação a Região Metropolitana de Campinas (RMC) os números cresceram em 34,1%. Do começo da pandemia até o mês passado, foram emprestados R$ 127,6 milhões. Os contratos tiveram elevação de 219%, sendo 158 firmados antes da pandemia e 505 durante a fase de restrições.
De acordo com dados da agência, as empresas de Americana, especialmente as do setor de serviços, foram as que mais recorreram ao financiamento. De março de 2020 até abril de 2022 foram emprestados R$ 3,8 milhões a esse segmento. Na fase anterior a pandemia, o setor era o que menos procurava por empréstimo, com um registro de R$ 236,5 mil.
Segundo o presidente da Desenvolve SP, Sergio Gusmão Suchodolski, a opção pelo financiamento foi uma das estratégias das micro, pequenas e médias empresas para manter as atividades durante a pandemia da Covid-19. “Encontraram nos financiamentos uma alternativa para manter as suas atividades em funcionamento, a fim de garantir a manutenção de emprego e renda a milhares de trabalhadores”, explica ele.
Nesse mesmo período pré-pandemia, o agronegócio na RMC recebeu R$ 65,3 milhões em empréstimos. Após dois anos, esse valor passou a ser de R$199,6 milhões. Desde 2018, o setor é o que mais utiliza o financiamento da agência de fomento paulista.
“A região de Campinas tem elevado potencial econômico, está inserida numa das áreas mais desenvolvidas do Estado e já dá sinais de retomada da economia. Por isso os empreendedores e municípios investem pensando no retorno a médio e longo prazo”, diz Suchodolski ao analisar o cenário econômico.
O presidente ainda complementou que o financiamento não é apenas um recurso de emergência, mas também uma estratégia de investimento para crescimento futuro da empresa.
