sábado, 24 maio 2025

Escritora americanense lança obra na Bienal do Rio de Janeiro, escolhida como capital mundial do livro em 2025

Por
Diego Rodrigues

Escritora, psicóloga e nômade. Esta é a americanense Flavia Corregio, que lançará o primeiro livro, “A Mulher Antes da Mãe”, na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro. O evento será realizado no Riocentro, entre os dias 13 e 22 de junho.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) elegeu o Rio de Janeiro como como a Capital Mundial do Livro em 2025, ano histórico para a literatura brasileira. E é nesse contexto que Flavia estará presente na Bienal, no dia 13 de junho, autografando a obra criada por ela. A escritora conta que a história narrada por ela em “A Mulher Antes da Mãe”, viabilizado por meio de um financiamento coletivo, a popular “vaquinha virtual”.

“A necessidade pessoal surgiu após a morte da minha mãe, vítima de câncer, quando eu tinha 21 anos. A inquietação profissional vem do fato de eu estar me formando em Psicologia durante esse período”, explica a psicóloga sobre a inspiração para a criação da obra, que soma uma necessidade pessoal e uma inquietação profissional.

Escritora Flavia Corregio durante entrevista à TV TODODIA. | Foto: Luiz Ariel/TV TODODIA

E há muito das experiência da psicóloga no trabalho da autora. Flavia conta que trabalhou com pessoas em processo de fim de vida, atuando como na terapia de cuidados paliativos em um hospital privado de Americana. “Atendendo a essas pessoas e a essas famílias, fui notando várias questões sobre as quais precisamos falar ao longo da vida — e não apenas quando a situação já está no fim.”

Toda essa bagagem, somada ao isolamento forçado pelo início da pandemia de Covid-19, culminou no ponto de partida para a concepção do livro, que começou ainda em dezembro de 2020.

Durante os três anos e meio seguintes, Flávia continuou escrevendo, mesmo enquanto viajava tanto pelo Brasil quanto pelo mundo. A facilidade em realizar atendimentos online possibilitou à escritora psicóloga manter um estilo de vida nômade. “A Mulher Antes da Mãe” foi concluído durante essas viagens pelo Brasil, América do Norte, Europa e Oriente Médio. “Quando finalizei a escrita, eu já tinha uma editora independente de São Paulo, administrada por duas mulheres que embarcaram nesse projeto comigo”, destaca a autora.

A obra está na fase de pós-produção. A previsão é que até o final deste mês os exemplares físicos deixem as gráficas para as prateleiras das livrarias e da própria Bienal. “A Mulher Antes da Mãe” também será lançado em e-book, com versão em inglês da obra. Flavia ressalta que foi por meio do estande da gráfica que surgiu a oportunidade de lançamento na Bienal.

Recentemente, a autora também se dedicou ao universo dos podcasts, com O que eu faço com este vazio, disponível na plataforma Spotify. “É um espaço onde posso compartilhar reflexões e conhecimentos relacionados ao luto. Todas as informações sobre o meu trabalho podem ser encontradas no meu perfil do Instagram: @flaviacorregio”.

“É a primeira vez que um país de língua portuguesa recebe o título de Capital Mundial do Livro. Estou emocionada e empolgada por poder viver tudo isso”, conclui a escritora.

Foto: reprodução

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