Titular das Finanças em Americana explica os empréstimos da prefeitura
As requisições são possíveis graças ao poder de endividamento do município, um índice chamado Capag (Capacidade de Pagamento), que está no estágio B (entre A, o melhor, e D, o pior).
E também outros indicadores como o que identifica se o município está em dia com as suas obrigações e relatórios fiscais. “Outra questão condicionante é a dívida consolidada do município, que está em 77% da receita corrente líquida, tendo como limite 120%”, como explica a secretária da Fazenda, Simone Inácio de França Bruno.
Desde o ano passado o município está habilitado a pleitear linhas de crédito, após chegar à categoria B do Capag, quando houve a tentativa de contratar pelo Finisa, sem sucesso. Simone salienta que as linhas só são disponibilizadas após ampla análise fiscal, e que o município está em dia com seus pagamentos, além de buscar meios de ampliar a receita. De acordo com ela, a maior parte do gasto municipal é com custeio.
“O orçamento está equilibrado e os financiamentos só podem ser pleiteados porque as contas mensais estão em dia.
Tratam-se de investimentos que vão se diluindo a longo prazo. A aplicação em melhoria viária deve atrair mais investimentos e receitas para empresas locais, com melhorias de recursos”, prevê.
PERCURSO
A secretária explica que o aval da Câmara é o primeiro passo, do qual se segue o trabalho documental comprovando as exigências fiscais, além dos projetos, que devem ser condizentes com as linhas de crédito. Ela informa que este processo está sendo finalizado para o Finisa. Só depois de entregue e conferido pela Caixa é que o contrato será firmado, ainda que o recurso já esteja reservado.
Dos R$ 25 milhões da linha federal, R$ 16 milhões serão ressarcidos pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto), que executará as obras de troca de tubulação.
Os R$ 9 milhões restantes serão para a pavimentação das ruas que receberão a nova rede, a serem geridos pela Secretaria de Obras.
Já o contrato pelo Desenvolve SP tem condições mais favoráveis.
Os juros são de 6% mais a taxa selic, dos quais o Estado arca com 3% dos juros (e o município com outros 3% e selic).
É possível estimar que a amortização vai corresponder a aproximadamente 14% da dívida consolidada atualmente.
Simone também esclarece que o município deve buscar mais linhas de crédito, dentro de sua capacidade fiscal.
Por enquanto não está prevista outra requisição de imediato, com as documentações a serem preparadas para as duas linhas atuais.