Explosão de consumo do produto devido ao aumento da gasolina provoca alta de 25% no preço em uma semana
A reportagem considerou os preços atuais e cruzou as informações com o último levantamento realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no município no início do mês.
Os postos verificados são do Centro, São Domingos, Cariobinha, Cidade Jardim, Jardim Miriam, Villa Israel, Jardim Ipiranga, Jardim América e Chácaras Machadinho, tanto com bandeira quanto sem.
O menor preço do combustível é de R$ 4,89 o litro, no bairro São Domingos (estabelecimento com bandeira) e o maior é de R$ 5,99, na região central (também um posto com bandeira).
Na semana de 3 a 9 de abril, segundo a ANP, o valor médio do etanol em Americana era de R$ 4,65, o mínimo de R$ 4,39 e o máximo, R$ 4,79.
Conforme a reportagem constatou, na média dos dez postos consultados, o preço mínimo é de R$ 4,89, o máximo de R$ 5,99 e a média de R$ de 5,07.
Segundo Emílio Martins, presidente do Recap (Sindicado dos Postos de Combustíveis de Campinas e Região), o encarecimento se deve ao aumento da procura pelo etanol devido ao preço nas alturas da gasolina.
“Essa é uma questão nacional, pois o etanol guarda na indústria, por uma questão de demanda, relação direta e forte no mercado com a gasolina. As pessoas consomem mais etanol quando a gasolina fica mais cara. Essa demanda faz o combustível ficar mais caro. Porém, o mesmo não acontece no varejo”, disse.
Martins pontuou que o que acontece na bomba é reflexo em todos os elos da cadeia produtiva, desde a usina até os postos.
De acordo com ele, não há previsão de baixa nos preços. “O etanol é um combustível nacional sem relação com o petróleo, portanto, com a alta ou baixa do dólar. Mas a pressão que existe para redução do preço não muda o fato de que a demanda é o que faz o mercado funcionar desta forma”, frisou.