Uma ex-assessora comissionada do presidente da Câmara Municipal de Americana, vereador Thiago Brochi, entrou com uma ação judicial pedindo anulação de sua exoneração e sua volta ao cargo, alegando ter sido demitida durante a gravidez e pedindo indenização de R$ 65 mil. Brochi revelou, com exclusividade, ao TODODIA que fez tudo dentro da Lei e que a ex-assessora já recebeu R$ 40 mil de indenização.
“Eu chamei a ex-assessora até o gabinete. Expliquei a situação e o motivo. Não foi porque ela está grávida. Já tinha tomado essa decisão antes, com o meu chefe de gabinete (…) Como é um cargo comissionado, eu tomei a decisão de trocar. Eu não fiz nada de ilegal. Eu obedeci todos os critérios da Lei e o Estatuto. Inclusive, ela já recebeu uma indenização no valor de R$ 40 mil. Então, tudo aquilo que a Lei pede e o Estatuto exige, eu segui. Lembrando que qualquer cargo comissionado, qualquer vereador pode contratar ou demitir a hora que bem entender”, disse.
Ainda segundo o chefe do Legislativo, o motivo da demissão não foi por conta da gravidez. “Eu tenho outra funcionária também da presidência da comunicação que está grávida e não será demitida. Não tem nenhum preconceito com a mulher e com a pessoa que está grávida. A minha opinião, ela não se adaptou da maneira como eu gostaria. Ela veio de experiência de um outro gabinete político. A experiência dela era de recepção, mas eu quis dar uma oportunidade. Dentro disso, foi passando um período e eu tomei a decisão. Eu tomei depois que ela noticiou que estava grávida, mas não foi o motivo. Não é verdade que pelo fato dela estar grávida eu acabei tomando essa decisão”, comentou Brochi.
Conforme consta no site da Transparência, no portal da Câmara Municipal, a ex-assessora de gabinete foi demitida no dia 1º de agosto, com o salário de R$ 5,7 mil. A exoneração foi publicada no Diário Oficial no dia 3 de agosto. O presidente da Câmara diz que está surpreso com a ação por conta.
“Eu a chamei. Olhei nos olhos dela e não me furtei disso. Expliquei sobre a indenização e, naquele momento, ela concordou. Me deu um abraço e saiu, inclusive estava com o filho dela, e saiu do gabinete. Pra mim foi tudo esclarecido e, ontem (terça-feira) eu recebi essa informação com surpresa. Se ela acha que é direito dela, vou respeitar. Com certeza, vou rebater essas acusações que está exigindo, pedindo a reintegração ou talvez mais um acerto”.
Na ação, a ex-assessora diz que Thiago Brochi teria dito, no dia 21 de julho de 2023, “que devido a sua gravidez ela não seria mais útil para seu gabinete”. Na data da exoneração, ela estava com três meses de gestação. Segundo os cálculos do advogado, o valor total a ser pago seria de R$ 105 mil, deduzindo R$ 39,6 mil já pagos, restaria R$ 65,9 mil.
OUTRO LADO
A reportagem tentou contato com a ex-assessora e seu advogado, mas não obteve retorno. Mas o canal está aberto para receber a manifestação de ambos.
